“A investigação determinou como causa mais provável para o acidente a colisão da aeronave com a torre de radiodifusão, devido a voo efetuado abaixo das altitudes mínimas previstas na regulamentação”, lê-se no relatório final do Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e de Acidentes Ferroviários (GPIAAF), a que a agência Lusa teve hoje acesso.

De recordar que no dia 5 de dezembro de 2018, o helicóptero, modelo Agusta A109S, ao serviço do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) e operado pela empresa Babcock, regressava à sua base de origem, em Macedo de Cavaleiros, distrito de Bragança, após realizar “um transporte urgente” de uma doente para “um centro hospitalar do Porto”.

Após o transporte, o comandante da aeronave, ao avaliar a meteorologia local, decide aguardar por melhores condições e, com a equipa, abandonam o heliporto em Massarelos-Porto para uma pausa num estabelecimento comercial próximo. Às 18:35 descolam em direção ao heliporto de Paredes-Baltar (no concelho de Paredes) para reabastecer.

“Recorrendo ao histórico de dados de voo na atual operação HEMS [Helicópteros de Serviço de Emergência Médica], nomeadamente quanto às aeronaves operadas, rotas utilizadas, condições de operação e equipamentos disponíveis nos heliportos de origem e destino, e se conjugarmos os voos realizados com as condições atmosféricas da região Norte do país, os dados sugerem que nem sempre são respeitados os mínimos meteorológicos, como foi o caso do voo do acidente”, explica o GPIAAF.