Últimas Notícias:

TAP vai criar mais espaço nos seus A330-200 “Cargueiros”

 

A TAP pretende operar até 2023 dois dos seus A330 “cargueiros”, segundo indicou o director da TAP Cargo numa entrevista ao site TRANSPORTES & NEGÓCIOS.

Depois de ter “convertido” três aeronaves de passageiros em avião de carga para dar resposta à elevada procura de capacidade de carga, a TAP Air Cargo prepara-se para ir mais longe e criar mais espaço em duas dessas aeronaves.

As operações de transformação dos dois aviões decorrerão “entre julho e setembro”. Os trabalhos passarão, no essencial, por retirar tudo o que ainda subsiste da cabina de passageiros (desde logo, as casas de banho). “Com isso ganharemos maior capacidade, passando dos actuais 200 m3 para cerca de 260 m3”, referiu Miguel Paiva Gomes.

Estes dois cargueiros manter-se-á com as cores da TAP Air Cargo “pelo menos até ao final do contrato de leasing, em 2023”. A transformação do terceiro “preighter” está “dependente da evolução do mercado”.

O plano de recuperação da TAP que está a ser avaliado em Bruxelas contempla uma frota de 88 aviões de passageiros e, sublinha Miguel Paiva Gomes, “três aviões cargueiros. Ainda que não se fale deles”.

De acordo com o responsável, a TAP desde março reorganizou o seu network, estabelecendo “hubs em Frankfurt, Amesterdão, Heathrow e Malpensa, servidos uma vez por semana”.

A ideia é reduzir a dependência dos “milhares de camiões” que ligam ao hub de Lisboa e oferecer serviços directos transcontinentais, com melhores yields. “Por exemplo, realizamos um voo Malpensa – Recife, com carga da FIAT. Ou temos a ligação Lisboa – Bogotá – Lisboa – Amesterdão”, cita Miguel Paiva Gomes.

Os três A332 “preighters” são, de momento, a coluna vertebral da operação da TAP Air Cargo. Mas a oferta não fica por aí. “Temos, claro, os porões dos aviões de passageiros; realizamos voos com aviões de passageiros vazios, só com carga no porão; e utilizamos ainda capacidade em aviões de outras companhias, ou fretados”.

Simplificando, poder-se-á dizer que a companhia opera actualmente com uma frota “própria” de oito aparelhos, que garantem “cerca de 70% do negócio”.

Foto Montagem

Também na mesma entrevista foi anunciado que a TAP vai iniciar na próxima semana as operações com mais um “cargueiro”, no caso um A321.

A entrada ao serviço do novo avião de passageiros transformado em cargueiro está apenas dependente das competentes certificações, sublinhou o responsável da TAP Air Cargo. Com ele, a companhia portuguesa passa a contar com quatro “cargueiros”.

O A321 “é o maior dos aviões narrowbody”, disponibilizando, sem cadeiras na cabina, “uma capacidade de carga de 100 m3, ou 22 toneladas de payload”, referiu Miguel Paiva Gomes. O avião tem uma autonomia de “cerca de seis horas”, o que lhe permite realizar voos “para as Ilhas, Norte de África, West Africa,…”, acrescentou. E será esse, precisamente, o seu horário normal, assim entre ao serviço, com o responsável a destacar “os voos para a Argélia e Marrocos, para onde a TAP não opera”.

De acordo com as informações, a conversão do A321 ceo resultou da procura do mercado e da disponibilidade do modelo, uma vez que a companhia portuguesa mantém uma reduzida actividade nos voos de passageiros. Aliás, em aberto está a “possibilidade de transformar um segundo aparelho. Mas a decisão ainda não está tomada”.

Em julho a aeronave voltará à sua configuração de passageiros para operar os voos da época alta.