A Ryanair anunciou hoje que vai encerrar bases pro próximo inverno e no verão de 2020 devido aos atrasos nas entregas dos seus Boeing 737 MAX.
O grupo irlandês indicou que as entregas dos 30 Boeing 737 MAX 200 estão atrasadas, sendo que o aparelho tem ainda de ser certificado pelas autoridades norte-americanas e europeias.
Segundo a Ryanair os aparelhos não vão ser entregues até maio de 2020.
“As falhas nas entregas obrigam à diminuição da nossa actividade em algumas bases que vão ter de fechar no Verão de 2020 e também durante o Inverno de 2019”, refere a companhia num comunicado divulgado hoje de manhã.
Michael O’Leary avança que a empresa está a analisar “que bases de pior desempenho ou com perdas devem sofrer esses cortes e/ou encerramentos de curto prazo a partir de Novembro”.
O executivo salienta que vai consultar “trabalhadores e sindicatos sobre o planeamento e implementação desses cortes e encerramentos de bases”, explicitando que “são causados directamente pelos atrasos na entrega do B737 MAX”.
Em resultado do atraso da entrega das novas aeronaves, a Ryanair reviu para menos de metade, de 7% para 3%, a sua previsão de crescimento no próximo verão, tendo como resultado uma diminuição da previsão em cinco milhões de passageiros transportados no até março de 2021.
“A Ryanair continuará a trabalhar com a Boeing e a EASA para recuperar destes atrasos de entrega durante o Inverno de 2020, para que possa recuperar o crescimento para níveis normais no Verão de 2021”, acrescenta O’Leary na sua mensagem, na qual garante também que “a Ryanair continua comprometida com o avião B737 MAX, e espera agora que os aviões deste modelo voltem a voar antes do final de 2019, embora a data exacta permaneça incerta”.
Os acidentes com dois aviões Boeing 737 MAX 200, na Etiópia e na Indonésia, obrigam a alterações de fundo nos aparelhos e nas novas unidades que estão a ser fabricadas pela construtora norte-americana.