A Iberia, companhia que pertence ao grupo de aviação International Airlines Group (IAG), fechou a compra da Air Europa, companhia aérea do grupo Globalia, por um montante de 500 milhões de euros, valor que vai ser pago ao longo de cinco ano.
A assinatura foi feita mais de um ano depois do acordo de compra e venda ter sido formalizado, com a verba final do negócio a ser metade da acordada há um ano e a ser paga em 2026.
A operação foi adiada mais de um ano devido à pandemia de covid-19, que tem tido um forte impacto no setor turístico.
A assinatura do acordo foi feita depois de o fundo de resgate de empresas estratégicas solventes afetadas pela pandemia, gerido pela Sociedade Estatal de Participações Industriais (SEPI), ter decidido resgatar a filial da Globalia por 475 milhões de euros.
Em 23 de dezembro, a administração da Air Europa aprovou a nomeação de dois conselheiros designados pela SEPI, tal como acordado nos termos do resgate.
Fica por designar o conselheiro-delegado da Air Europa, que tem de o ser por acordo entre a empresa e a SEPI.
O resgate da Air Europa foi a primeira operação financeira financiada pelo citado fundo, dotado de dez mil milhões de euros e pensado para empresas solventes e estratégicas da economia de Espanha, cujos negócios sejam ameaçados pela pandemia.
A frota da Air Europa é constituída por 52 aeronaves, menos 16 que em finais de 2019. Todas as aeronaves, excepto uma, são contratadas em leasing operacional. O IAG estima o passivo de arrendamento (IFRS 16) da Air Europa em cerca de 1,6 mil milhões de euros no final de 2020.
“Fazer parte de um grande grupo é a melhor garantia de superar os desafios actuais do mercado, o que também beneficiará a Air Europa assim que a transacção for concluída”, frisou Luis Gallego, CEO do IAG, citado no comunicado.
Javier Hidalgo, CEO da Globalia, afirmou por sua vez que o negócio “é um grande esforço de todos nós e é a melhor forma de recuperar o turismo, o transporte em Espanha e o hub de Madrid”.
Javier Sánchez-Prieto, CEO da Iberia, destacou que o sentido estratégico da aquisição “para reforçar a competitividade do hub de Madrid num cenário global”.