Decorreu esta quinta-feira, 8 de novembro, no Museu do Ar no Pólo de Sintra a cerimónia de entrega da réplica da aeronave SPAD 7C1
O biplano SPAD 7C1 foi um modelo utilizado por pilotos portugueses que combateram em França durante a Primeira Guerra Mundial.
A história por Portugal continua em 1920, quando passou a equipar a Esquadrilha de Aviação República da Amadora, tornando-se no primeiro avião de caça da aviação militar portuguesa.
Durante a cerimónia de entrega da aeronave, procedeu-se à habitual assinatura do Auto de Entrega e aos discursos do Diretor do Museu do Ar, Coronel Carlos Raposo, do Responsável Técnico Pela Condução do Programa, Tenente Vasco Franco, e do Gestor da empresa Digital Design LLC – responsável pela construção da réplica – Jaime Johnston.
A aeronave foi apresentada pelo Assessor da Comissão Histórico-Cultural da Força Aérea, Tenente-General António Carlos Mimoso e Carvalho.
A título de curiosidade o Museu do Ar abriu ao público dia 1 de julho de 1971, num antigo hangar da Aviação Militar em Alverca.
Em 1909, os estatutos do Aero Clube de Portugal, aquando da sua fundação, já refletiam sobre a necessidade de se criar um museu dedicado à Aviação.
O Almirante Gago Coutinho, por ordem do Ministério da Marinha começou a juntar peças que tinham sido dadas a si e a Sacadura Cabral com vista a criação de um Museu Nacional de Aviação.
A ideia foi fortalecida por Pinheiro Correia, que em 1963 conseguiu que a Câmara Municipal de Lisboa cedesse uma sala do Palácio dos Pimentas, destinada ao Museu da Cidade, para a exposição do acervo aeronáutico nacional.
As instalações não eram adequadas e em 1965, um Despacho do Secretario de Estado da Aeronáutica, cria uma comissão com o objetivo preparar a instalação de um Museu de Aviação.
Em 1968 é publicado o Decreto-lei que cria o Museu do Ar em Alverca que abriu ao público em julho de 1971 com o coronel Edgar Cardoso primeiro diretor.
O rápido crescimento do acervo tornou o espaço em Alverca pequeno não permitindo uma expansão que a qualidade de coleção obrigava.
Esta situação levou a Força Aérea Portuguesa, a por em marcha um projeto para um novo espaço museográfico estabelecido a partir da recuperação de um hangar da Base Aérea nº1 na Granja do Marquês com cerca de 3500 m2 quase o triplo da área disponível em Alverca. Este projeto contou também com o apoio da Câmara Municipal de Sintra e da ANA e TAP.
O novo espaço foi inaugurado oficialmente pelo então General CEMFA Luís Araújo em dezembro de 2009 comemorando-se simultaneamente os 100 anos da Aviação em Portugal e os 300 da demonstração do balão de ar quente que Bartolomeu de Gusmão fez ao rei D. João V e à corte no dia 9 de agosto de 1709 na Sala das Índias no Terreiro do Paço.
Ao novo espaço meusológico, que pretende ser a memória da aviação militar e civil portuguesa, juntou-se também a TAP e a ANA que apresentam os seus acervos em duas áreas com cerca de 1400 m2.
Em 2011 foi inaugurada uma nova área expositiva, que corresponde à segunda fase de expansão do museu, com cerca de 3000 m2 resultante de reestruturação de três hangares cuja matriz arquitetónica remontam a 1920 quando a Escola da Aviação Militar de Vila Nova da Rainha se transferiu para a Granja do Marquês.