
A Belavia , companhia aérea nacional da Bielorrússia, encontrou uma forma de adquirir aviões ocidentais e contornar as sanções impostas contra o país.
A companhia vai integrar três Airbus A330-200. Um vídeo recente, filmado em Minsk, mostrou a primeira aeronave com matrícula EW-589PD estacionada na área do hangar.
Como a companhia está sob sanções devido ao apoio da Bielorrússia à Rússia, na guerra com a Ucrânia, não conseguiu obter as três aeronaves diretamente de um locador.
As aeronaves foram adquiridas através da empresa gambiana “Magic Air” em novembro e dezembro de 2023, já que a Gâmbia não é afetada pelas sanções. Em agosto de 2024 as três aeronaves foram transportadas para Minsk.
A Magic Air é propriedade de um cidadão sírio que já forneceu aeronaves para a companhia aérea síria Cham Wings, na altura também sob sanções.
As três aeronaves envolvidas são C5-TAB (número de série 525), C5-TAC (número de série 509) e C5-TAD (número de série 491).
O A3330-200 com o número de série 509 já se encontra com a nova matrícula EW-588PD. Os outros serão EW-587PD EW-589PD.
De recordar que as sanções internacionais à Belavia têm tido um impacto significativo nas suas operações desde 2021. Estas medidas foram implementadas principalmente pela União Europeia, Estados Unidos e Reino Unido, em resposta a ações do regime de Alexander Lukashenko, de referir o desvio forçado de um voo da Ryanair em maio de 2021 e alegações de facilitação de migração ilegal para a União Europeia.
Proibição de Acesso ao Espaço Aéreo e Aeroportos da UE: Após o incidente com o voo da Ryanair, a Belavia foi banida de operar no espaço aéreo europeu e de utilizar aeroportos da UE, o que resultou na suspensão de grande parte da sua rede de rotas.
Restrições de Leasing de Aeronaves: A partir de dezembro de 2021, a União Europeia proibiu as empresas europeias de alugar aeronaves à Belavia. Anteriormente, a companhia dependia de arrendamentos de empresas como Air Lease Corporation e Nordic Aviation Capital.
Redução da Frota: Devido às sanções, a Belavia foi forçada a reduzir a sua frota de 29 para 15 aeronaves, afetando tanto os aviões próprios quanto os arrendados.
Dificuldades Operacionais e Financeiras: As sanções também afetaram a manutenção das aeronaves, uma vez que os fabricantes ocidentais como Boeing e Embraer interromperam o fornecimento de peças e serviços. Apesar dessas dificuldades a companhia afirmou manter uma situação financeira estável.
Alterações nas Rotações de Voo: Para contornar as restrições, a companhia tem operado principalmente em países da ex-União Soviética e no Médio Oriente.
A frota atual da Belavia é composta por dois Boeing B737-300, cinco B737-800, um B737-8, um Embraer ERJ175 e quatro ERJ195.

