A Azul e a LATAM Airlines Brasil anunciaram um acordo de codeshare para algumas das suas rotas internas.
As duas companhias assinaram também um acordo para os seus programas de fidelidade, possibilitando que 12 milhões de associados do TudoAzul e 37 milhões de membros do LATAM Pass possam acumular pontos no programa da sua escolha.
O acordo de codeshare vai incluir inicialmente 50 rotas domésticas não sobrepostas de/para Brasília (BSB), Belo Horizonte (CNF), Recife (REC), Porto Alegre (POA), Campinas (VCP), Curitiba (CWB) e São Paulo (GRU), oferecendo aos clientes no Brasil várias opções de ligações novas e mais convenientes.
Os codeshares também vão permitir uma experiência de viagem mais tranquila entre os voos da Azul e LATAM, com bilhetes partilhados para check-in e despacho de bagagem.
Segundo John Rodgerson, CEO da Azul: “Esses acordos trarão benefícios incomparáveis para os clientes. Com a malha aérea altamente conectada da Azul que atende a muitos destinos no Brasil e com os hubs da LATAM, nossa complementariedade de frota e de malha oferecerão aos clientes a mais ampla variedade de opções de viagem. Além disso, ambas as companhias aéreas têm uma história e paixão pelo atendimento ao cliente, e estamos ansiosos para mostrar isso juntos”.
Já o CEO da LATAM, Jerome Cadier: “Como sinal do compromisso de longo prazo da LATAM com o mercado brasileiro, esse acordo de codeshare oferecerá aos clientes o acesso à maior malha de voos na história do país. Entendemos que a crise da COVID-19 exige respostas inovadoras para ajudar a impulsionar a economia da região e o anúncio de hoje faz parte de nossa contribuição para esse esforço. Com os valores compartilhados de atendimento ao cliente tanto da Azul quanto da LATAM e rotas complementares esperamos oferecer uma experiência líder do setor para clientes no Brasil”.
A previsão é que este acordo esteja operacional a partir de agosto.
Já depois do anúncio, numa entrevista à CNN Brasil o CEO da LATAM disse: “Se me perguntassem em janeiro se teríamos um codeshare com a Azul, eu certamente diria que não. Este acordo foi feito em função desta crise”.
Jerome Cadier também admitiu a possibilidade que uma fusão com a Azul até pode ocorrer no futuro. Ele explicou que as negociações para uma eventual união das duas companhias são complexas e inviáveis neste momento por causa da crise, enquanto o “codeshare” é bem mais simples.
A CNN avança através de uma fonte do setor aéreo ouvida pela reportagem na condição de anonimato, o acordo de “codeshare” é como se as duas companhias estivessem “a conhecer-se”, mas é um passo relevante que se pode transformar num “casamento”.
A Latam, Azul e Gol negociam com o BNDES e com bancos privados um pacote de ajuda desde o início da pandemia em março. No final de maio, a Latam pediu recuperação judicial nos Estados Unidos, excluindo a unidade brasileira d processo.