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Azores Airlines vai ter três novos aviões ao serviço até 2025


 

A Azores Airlines vai ter três novos aviões ao serviço até 2025 e a substituição da frota regional da SATA Air Azores encontra-se “em fase de análise e de estudo”, disse hoje a presidente do Conselho de Administração.

“Na Azores Airlines, nós temos um A320neo que está em fase final de certificação. Vamos receber, no primeiro trimestre, um outro A320neo e, para o ano [2025], receberemos um A321XLR. E ficamos com a frota revista na parte da Azores Airlines”, disse Teresa Gonçalves.

O segundo A320neo para a SATA Azores Airlines já surgiu completamente montado e pintado nas instalações da Airbus em Toulouse.

O futuro CS-TSM, batizado de “Natural”, a mesma livery do atual CS-TKQ, vai brevemente iniciar os testes de solo e voo antes de ser entregue à companhia.

A aeronave, com o número de série 11889, irá realizar os voos de teste com a matrícula F-WWTU.

De recordar que a Azores Airlines recebeu no dia 7 de novembro de 2023 o seu primeiro A320neo “Pure”.  Praticamente dois meses depois a aeronave ainda aguarda certificação para poder operar comercialmente.

De referir que todos os 3 modelos A320 ceo da companhia vão entrar faseadamente em processo de phase-out, para ser iniciado o processo de phase-in dos dois A320neo.

Os novos A320neo irão servir as rotas para o Pico e Faial e operar rotas de longo curso como é o caso de Montreal, Bermudas e possivelmente Boston, pontualmente.

Este é um processo normal de qualquer companhia aérea por forma a ter a frota mais eficiente e económica possível:

CS-TKP – 20 anos

CS-TKK – 18 anos

CS-TKQ – 18 anos

No dia 20 de setembro de 2023, durante um dos voos de teste o A321XLR, com a matrícula F-WWAB, voou entre Madrid e Ponta Delgada, nos Açores, tendo antes efetuado uma aproximação ao Aeroporto de Santa Maria, também nos Açores.

A aeronave realizou uma escala durante cerca de três horas no Aeroporto João Paulo II em Ponta Delgada, para que um grupo de trabalho da SATA pudesse visitar a aeronave.

O A321XLR terá um alcance máximo previsto para cerca de 4.000 milhas náuticas (7.400 km).

Quando o processo de phase-out dos A320ceo estiver concluída, a companhia ficará com uma frota composta por 8 modelos da família A320neo: 2 A320neo, 2 A321neo (CS-TSG, CS-TSF), 3 A321LR (CS-TSI, CS-TSH, CS-TSJ) e 1 A321XLR (CS-TS?)

Em relação à companhia SATA Air Açores, a responsável adiantou que a empresa está “a fazer agora o estudo de substituição da frota, começando pelos [aviões Dash] Q200”.

As aeronaves mais antigas na companhia são os dois Dash Q200, o CS-TRB ‘Graciosa’ (com o número de série 476) e o CS-TRC ‘Faial’ (com o número de série 480).

As duas aeronaves têm cerca de 27 anos e voaram anteriormente pela Horizon Air, chegaram aos Açores em maio de 2009.

A 27 de julho de 2009, realizava-se o voo inaugural entre a ilha de São Miguel e a Ilha do Corvo, com o Dash Q200, dois meses depois das aeronaves terem chegado aos Açores devido ao processo de certificação pelo então Instituto Nacional de Aviação Civil (INAC).

Os dois aviões podem transportar até 37 passageiros e chegaram para substituir o Dornier que transportava apenas 18 passageiros.

A aquisição dos dois Q200, representou à data um investimento de 11 milhões de euros, e estava integrada na renovação da frota da SATA Air Açores, que contava também com a integração dos quatro novos Q400 Next Gen.

Resta saber agora qual a aeronave mais atual que pode responder tanto à capacidade de carga, transporte de passageiros e operacionalidade em pistas curtas.

A presidente do Conselho de Administração do grupo SATA também se pronunciou sobre o novo modelo de serviço de contrato de serviço público, defendendo alterações.

“Eu não consigo dizer qual deve ser o novo modelo, mas consigo assegurar que para os investimentos que são necessários fazer, em termos de aeronaves sustentáveis, em termos de os desafios todos que temos em termos ambientais, o contrato de cinco anos não nos permite, depois, obter uma rentabilidade”, disse.

De acordo com Teresa Gonçalves, há “um risco muito grande”, porque no final dos cinco anos não existe “nenhuma garantia que as obrigações de serviço público continuem na companhia”.

“E, portanto, acho que é um risco que tem que ser medido, para se conseguirem fazer os investimentos”, salientou.