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Air France-KLM reduz prejuízos em 53,6% em 2021 para 3.294 ME


 

A Air France-KLM reduziu, em 2021, os prejuízos em 53,6%, para 3.294 milhões de euros, em termos homólogos, apontando a redução de restrições, devido à pandemia, no segundo semestre como principal razão para a recuperação.

Na informação hoje divulgada, a transportadora indicou que o grupo conseguiu obter um EBITDA (resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações) positivo de 745 milhões de euros, uma recuperação de 2.440 milhões de euros em relação a 2020.

A empresa recordou que o primeiro semestre foi “marcado pelo confinamento em França e nos Países Baixos e por restrições às viagens em todo o mundo”.

“A recuperação foi visível desde junho e continuou no segundo semestre, graças à redução de restrições, e o grupo conseguiu rentabilizar a retoma”, indicou, na mesma nota.

As receitas da Air France-KLM cresceram, no ano passado, em 29,1%, atingindo 14.315 milhões de euros, lê-se na mesma nota, tendo a empresa transportado 44,6 milhões de passageiros, um aumento de 31,1% em relação a 2020.

“Em 2021, a Air France-KLM conseguiu operar, no segmento de passageiros, a cerca de 60% da capacidade de 2019, com a primeira metade do ano a sofrer mais com as restrições de viagens”, indicou, destacando a performance dos voos de curta e média distância, bem como dos mercados africano, das Caraíbas e do Oceano Índico.

A transportadora adianta que os custos no final de 2021 desceram em comparação com o último trimestre de 2019, sendo que, em comparação com 2020, desceram 19,1%.

A empresa detalhou ainda que a redução de custos salariais em relação a 2019 aconteceu, sobretudo, graças a uma diminuição da força de trabalho e aos apoios públicos ao pagamento de retribuições.

A Air France tem em vigor um programa voluntário de rescisões e conta com a saída de mais 700 trabalhadores a tempo inteiro em 2022, tendo emagrecido, no final do ano, a sua força de trabalho em 7.800 pessoas face a dezembro de 2019.

Já a KLM terminou o seu programa no ano passado, tendo reduzido a força de trabalho em 5.500 pessoas.

O grupo continua a implementar medidas para “aumentar a competitividade”, de acordo com o mesmo comunicado, que aponta a otimização da frota, da força de trabalho, da rede e dos custos.

A Air France-KLM espera que a capacidade só regresse a níveis de 2019 em 2024.

Para este ano, o grupo prevê realizar um aumento de capital e avançar com a emissão de obrigações para acelerar o reembolso dos apoios estatais que recebeu durante a pandemia.