Teresa Mafalda Gonçalves, administradora financeira da SATA desde 2020, é a nova presidente do Grupo, depois da saída de Luís Rodrigues para a TAP.
“Foquei-me na solução. Defini, imediatamente, um perfil de continuidade neste processo [de privatização da SATA Internacional – Azores Airlines]. Convidei, e foi aceite, Teresa Mafalda Gonçalves para assumir a presidência da SATA”, afirmou José Manuel Bolieiro.
Bolieiro disse ter sido “confrontado”, na segunda-feira, com a decisão do governo da República de chamar o atual presidente da SATA para chefiar a TAP, através de “um telefonema do primeiro-ministro”, tendo reagido dizendo “que isso gerava um problema”, mas manifestando também “satisfação pelo percurso realizado” nos Açores.
“Após o contacto do primeiro-ministro, recebi também o contacto de Luís Rodrigues, dizendo que tinha havido o convite [para ser presidente da TAP] e que tinha colocado condições de ficar [na SATA], no mínimo, até ao fim deste mês”, descreveu.
Teresa Mafalda Gonçalves foi nomeada membro do Conselho Executivo e Chief Financial Officer do Grupo SATA em janeiro de 2020, é pós-graduada em Finanças pela Nova School of Business and Economics, pós- graduada em Concorrência e Regulação pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa e licenciada pela Católica Lisbon School of Business and Economics.
A 07 de fevereiro, foi anunciada a saída de Mário Chaves da administração da SATA Chaves para suceder a Válter Fernandes no cargo de diretor-geral da Portugália, a partir de março.
Com a saída dos dois elementos, o conselho de administração da SATA Holding ficou constituído por Teresa Mafalda Gonçalves (diretora financeira do grupo) e Bernardo Ponte e João Crispim Ponte (administradores não executivos).
Em junho, a Comissão Europeia aprovou uma ajuda estatal portuguesa para apoio à reestruturação da companhia aérea de 453,25 milhões de euros em empréstimos e garantias estatais, prevendo ‘remédios’ como uma reorganização da estrutura empresarial.
A injeção financeira implica o desinvestimento de uma participação de controlo (51%) na Azores Airlines, o desdobramento da atividade de assistência em terra e uma reorganização da estrutura empresarial da SATA, com a criação de uma ‘holding’ que substitui a SATA Air Açores no controlo das suas operações subsidiárias.
A Azores Airlines opera de e para fora do arquipélago, enquanto a SATA Air Açores efetua ligações interilhas.