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TAP: voos do Porto para Nova Iorque e Brasil; impacto de mais de 10M de euros no PIB até 2030


 

A presidente executiva da TAP, Christine Ourmières-Widener, anunciou, no parlamento, que a companhia aérea vai operar voos do Porto para Nova Iorque e para o Brasil, no inverno.

“Podemos confirmar que vai haver voos do Porto para Nova Iorque e para o Brasil”, adiantou a responsável, em resposta às questões dos deputados da comissão eventual para o acompanhamento da aplicação das medidas de resposta à pandemia da doença covid-19 e do processo de recuperação económica e social, onde foi ouvida esta tarde.

“Os restantes voos vão ser analisados e decididos numa base casuística. Estou a falar dos voos de longo curso que servem também para alimentar o ‘hub’ de Lisboa”, acrescentou a presidente executiva, depois de ter sido questionada sobre o desinvestimento da TAP no aeroporto do Porto nos últimos anos.

Quanto à abertura das fronteiras aéreas com o Brasil, em 16 de setembro, Christine Ourmières-Widener sublinhou que aquele país tem quase o mesmo peso que Portugal nas vendas da TAP, demonstrando assim a sua importância.

Entre 31 de outubro e 26 de março de 2022, a TAP vai realizar um total de 941 voos de ida e volta por semana: mais 91 frequências semanais do que as 850 que está a oferecer este verão.

Nos aeroportos nacionais, vão ser realizados:

À partida do Porto: 101 voos por semana, ligando diretamente a Invicta a Lisboa, Funchal, Londres, Paris, Zurique, Genebra, Nova Iorque, Rio de Janeiro e S. Paulo.

À partida da Madeira: 49 voos por semana para Lisboa e Porto.

À partida de Ponta Delgada: 15 voos por semana para Lisboa.

À partida da Terceira: 7 frequências semanais para a capital.

À partida de Faro: 21 voos semanais para Lisboa.

No total, a TAP vai ligar Portugal a 37 cidades do resto da Europa, com 585 voos por semana.

As ligações semanais diretas a África e Médio Oriente vão ascender aos 93 voos para 15 destinos.

Nos Estados Unidos da América, México e Canadá, a TAP vai repor a operação em todas as rotas em que já operava antes da pandemia, com um total de 59 voos por semana em 11 rotas – Boston, Newark (à partida de Lisboa e do Porto), Washington, Nova Iorque (JFK), Miami, Chicago, San Francisco, Montreal e Toronto (Canadá) e Cancun (México).

Para o Brasil vão existir 52 voos semanais nas 12 rotas a operar este inverno e para a Venezuela vai ser realizado um voo semanal.

A companhia vai ainda inaugurar a nova rota Punta Cana, na República Dominicana, com uma oferta de três ligações semanais.

Questionada sobre a ausência de Porto Santo, na Região Autónoma da Madeira, do plano de rotas para o inverno, a responsável argumentou que a decisão foi tomada com base em estudos de mercado, mas que poderá ser feita uma reavaliação, caso surjam novas informações.

“Até ao momento, a informação que temos não nos permite operar esta rota, este inverno”, apontou.

Já relativamente à Venezuela, que proibiu a TAP de voar para aquele território, Christine Ourmières-Widener admitiu que se trata de uma situação complicada, embora não esteja “nas mãos” da companhia aérea resolvê-la.

“Eles têm uma série de exceções, como o caso do Natal, e nós vamos usá-las ao máximo para ir ao encontro das necessidades das comunidades” portuguesas naquele país, explicou a presidente executiva.

Por fim, questionada sobre um acordo de ‘codeshare’ [partilha de venda de bilhetes] com a JetBlue, de David Neeleman, antigo acionista da TAP, que teve início em 2016, a responsável esclareceu que há um acordo que está a ser revisto.

“A nossa intenção é sermos mais proativos e aumentar as nossas receitas”, adiantou, em relação ao acordo.

A TAP terá um impacto de mais de 10.000 milhões de euros no Produto Interno Bruto (PIB) português até 2030, segundo um estudo realizado a pedido da companhia aérea e citado hoje pela presidente executiva.

“Estima-se que a TAP contribua com mais de 10.000 milhões de euros para o PIB português até 2030”, avançou Christine Ourmières-Widener, durante a sua intervenção na comissão parlamentar eventual para o acompanhamento da aplicação das medidas de resposta à pandemia da doença covid-19 e do processo de recuperação económica e social.

Segundo a responsável, os dados fazem parte das conclusões de um estudo realizado a pedido da companhia aérea, sem especificar a autoria da análise.

A responsável francesa foi hoje ouvida pelos deputados daquela comissão, numa sessão em inglês, com a presença de um tradutor, naquele que foi o primeiro ato público de Christine Ourmières-Widener, que assumiu o cargo em 25 de junho, substituindo Ramiro Sequeira, que assumiu a presidência executiva interinamente depois da saída de Antonoaldo Neves.

A engenheira aeronáutica francesa de 56 anos tem em mãos a tarefa de executar o plano de reestruturação da companhia aérea, proposto à Comissão Europeia em dezembro do ano passado, mas que ainda não recebeu ‘luz verde’.

Na mesma ocasião, Christine Ourmières-Widener adiantou também que o despedimento coletivo que a empresa está a levar a cabo vai abranger 78 trabalhadores, abaixo dos 124 previstos, após a adesão às medidas de rescisão voluntária.