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TAP quer contratar 250 tripulantes para assegurar operação no verão


 

A presidente da TAP, Christine Ourmières-Widener, disse hoje que a companhia aérea está a contratar cerca de 250 Tripulantes de Cabine, para assegurar a operação de verão, cuja época alta deverá começar no final de maio.

“Estamos a contratar cerca de 250 tripulantes, para assegurar que voamos de acordo com o planeado para o verão”, disse a responsável, na conferência de imprensa sobre os resultados da TAP em 2021, período em que apresentou um prejuízo de quase 1.600 milhões de euros.

De acordo com Ourmières-Widener, os concorrentes europeus estão a tomar as mesmas medidas para o verão, o que torna o processo de recrutamento “desafiante”, sobretudo no que diz respeito a trabalhadores para o ‘call center’ de apoio ao cliente, que a TAP também quer reforçar.

Questionada sobre a falta de pilotos, a CEO disse não ver “quaisquer números que mostrem que são precisos mais pilotos”.

“Quando se cresce, contrata-se trabalhadores, mas é um custo viável”, assegurou a responsável, que justificou a contratação com o aumento de procura esperado para o verão, altura em que a companhia aérea prevê operar a 90% dos níveis de 2019, o melhor ano do turismo em Portugal.

Questionada se o plano de reestruturação aprovado em dezembro de 2021 pela Comissão Europeia, mas iniciado pelo grupo em janeiro do ano passado, teria exagerado na redução de trabalhadores, Ourmières-Widener sublinhou que a TAP está agora “numa situação melhor para prever qual será a procura, o que não era possível durante a crise” da pandemia.

“[O plano de reestruturação] foi muito difícil para um número de trabalhadores – e ainda é, com os cortes salariais – mas baseou-se em informação que tínhamos na altura”, realçou.

“Não é possível ter um EBIT [lucro antes de juros e impostos] positivo a voar com uma baixa capacidade como nós, por isso o aumento de capacidade vai permitir-nos apresentar melhores resultados”, acrescentou a CEO.

Também resultante do esperado aumento da procura no verão, a Portugália informou, em 21 de março, que iria avançar com um contrato ACMI, ou seja, um contrato de prestação de serviços externos, para fazer face às necessidades previstas para o verão, para dois a quatro aviões, o que é justificado pelo atraso na entrega de aviões Embraer à PGA.

No dia 25 de março, a TAP defendeu que o contrato de prestação de serviços externos na Portugália no próximo verão é o que melhor serve o grupo, realçando que “a única solução” seria não operar os voos e perder receita e ‘slots’.