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Saída da área militar de Figo Maduro vai permitir extensão do Terminal 1


 

O ministro das Infraestruturas, João Galamba, disse que a deslocalização da área militar de Figo Maduro do aeroporto de Lisboa vai implicar alterações ao contrato de concessão com a ANA/Vinci, que serão feitas por uma comissão de negociação.

“A saída de Figo Maduro do atual perímetro do Aeroporto Humberto Delgado implicará uma comissão de negociação com a ANA, para alterar o contrato de concessão por incorporação de novos ativos”, indicou João Galamba.

João Galamba prometeu detalhes sobre todas as medidas a tomar naquela infraestrutura para mais tarde, mas explicou que se trata de obras que já estavam previstas, e a que ANA está obrigada no contrato de concessão, mas que não tinham reunidas as condições para que pudessem avançar, pelas perturbações que essas intervenções iam criam na operação do aeroporto, e que podem agora ser realizadas com a saída de Figo Maduro.

A ideia do Governo, explicou o ministro, é que sejam já tomadas algumas medidas, sendo para isso criada “uma comissão mais operacional”, independente da comissão de negociação, “que no imediato pudesse ir libertando áreas que pudessem já ser libertadas”.

O ministro das Infraestruturas referiu que com a área disponível será possível criar o chamado Pier Sul, uma extensão do Terminal 1, que tem como grande impacto aumentar a área do terminal, mas sobretudo aumentar o número de mangas no terminal e reduzir, por exemplo, a circulação de autocarros com passageiros, que gera emissões dentro do aeroporto, que introduz perturbações e também prejudica o próprio serviço prestado aos passageiros.

De recordar que a Comissão Técnica defende a criação de um novo Terminal T3, com acesso direto do exterior, e respetivas plataformas e taxiways de acesso” na zona militar de Figo Maduro, que teria de ser transferida para outra base aérea, até existir um novo aeroporto de raiz em Lisboa.

Esta opção obriga ainda a uma restruturação da rede de infraestrutura de vigilância de navegação aérea e estudar o acesso de veículos rodoviários à Torre de Controle. A estimativa preliminar de custos, incluindo edifícios, estacionamentos e estruturas de acesso, é de cerca de 243,5 milhões de euros, sem expropriações. Um valor “a reavaliar com estudo prévio”. A nova infraestrutura “poderá eventualmente servir para as companhias low cost“.

O relatório sugere ainda que seja avaliado o alargamento do terminal 1, removendo o parque automóvel adjacente e construindo uma alternativa.