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Ryanair volta a apelar a António Costa para “libertação” de ‘slots’ ocupados pela TAP


 

A companhia aérea ‘low cost’ Ryanair voltou a apelar ao primeiro-ministro, António Costa, para que sejam libertados ‘slots’ (faixas horárias) não usados pela TAP até 04 de março, indicando que se tal não acontecer terá de cancelar rotas.

Num comunicado hoje divulgado, a transportadora voltou “a apelar ao primeiro-ministro português, António Costa, para que tome medidas imediatas e exija à TAP a libertação de 18 slots diários – que não pode, nem irá utilizar, no verão 2022 –, de forma a permitir a operação da Ryanair com sete aviões baseados em Lisboa, poupando 20 rotas, um milhão de passageiros e 250 milhões de euros gastos por visitantes em Lisboa no verão 2022”.

De acordo com a Ryanair, “a menos que o primeiro-ministro intervenha esta semana para libertar os ‘slots’ não utilizados pela TAP – apenas para o verão 2022 –, a Ryanair será forçada a reduzir sete aviões para quatro, na sua base no Aeroporto da Portela, em Lisboa, no final desta semana, e com isto perder um milhão de passageiros, 150 postos de trabalho e mais de 250 milhões de euros de despesas turísticas em Lisboa”.

Citado na mesma nota, o presidente executivo da Ryanair, Michael O’Leary, disse que a empresa escreveu “ao primeiro-ministro, António Costa, a 16 de fevereiro, pedindo-lhe que agisse antes do final de fevereiro”, mas, até hoje não recebeu qualquer resposta.

“Por essa razão, volto a solicitar ao primeiro-ministro que intervenha urgentemente para salvar estes aviões, rotas, passageiros, e postos de trabalho em Lisboa, para o verão 2022”, referiu.

Segundo Michael O’Leary, “a Ryanair não precisará destes ‘slots’ após o verão 2022, uma vez que a TAP será forçada, pela Comissão Europeia, a libertar 18 ‘slots’ diários, a partir do inverno de 2022”.

“Uma vez que a TAP não utilizará estes ‘slots’ no verão 2022, estes serão desperdiçados, a menos que o primeiro-ministro intervenha e solicite à TAP o empréstimo destes ‘slots’ à Ryanair, apenas para o verão, para salvar 20 rotas, um milhão de visitantes, e os 250 milhões de euros gastos por estes, em Lisboa”, reforçou.

De acordo com o gestor, caso a companhia não obtenha “uma resposta positiva” do gabinete do primeiro-ministro, a 04 de março, “estes aviões e rotas em Lisboa serão cancelados apenas para o verão 2022”.