O spotter William Musculus, num dos seus sobrevoos no aeroporto de Teruel, capturou o primeiro Airbus A340 da TAP CS-TOA a receber trabalhos de preparação para o seu desmantelamento.
No dia da foto o A340 apresentava-se já sem os motores.
A TAP iniciou em setembro de 2019 o phase-out dos seus modelos A340.
Em 2012 a companhia aérea portuguesa realizou trabalhos de modernização das cabines.
TAP Airbus A340-300 Low Pass at Lisbon Air Race 2016 (ARC 2016)
A TAP recebeu o seu A340-300 CS-TOA “Fernão Mendes Pinto” a 22 de dezembro de 1994, tendo sido considerado uma das aeronaves de longo curso mais sofisticadas e modernas no início dos anos 90.
A título de curiosidade o último voo comercial do CS-TOA foi o TP12 entre o Recife e Lisboa.
A companhia teve na sua frota 4 unidades A340 (CS-TOA, CS-TOB, CS-TOC, CS-TOD) destinadas a voos de longo curso, inicialmente com as cores antigas da companhia:
Não longe do CS-TOA está o A340-300 CS-TOD.
O Aeroporto de Teruel fica numa região desértica, com baixa humidade, ideal para conservação de aeronave e seus componentes, sendo atualmente, a maior plataforma de estacionamento, manutenção e reciclagem de aeronaves de toda a Europa.
A Plata, Plataforma Aeroportuaria de Teruel, como a batizaram, tem clientes de 40 países. Portugal é um deles.
Na falta de voos, o aeropuerto de Teruel converteu-se na maior plataforma de estacionamento, manutenção e reciclagem de aeronaves de toda a Europa.
“Por aqui, só deambulam aviões, grandes e maiores de idade na sua maioria, desde a sua entrada em operações há sete anos. Este é um aeródromo único em Espanha, daí o seu êxito”, indica Alejandro Ibrahim Perera, subdiretor-geral da infraestrutura aeroportuária.
60% do empreendimento foi financiado pela Diputación General de Aragón e os restantes 40% foram suportados pelo Ayuntamiento de Teruel.
Além de aviões portugueses e de 10 companhias aéreas, há aeronaves provenientes de países como a França, o Reino Unido, a Alemanha, a Rússia e até o Brasil no espaço que ocupa uma área de 340 hectares, emprega nove trabalhadores e fatura anualmente cerca de três milhões de euros. “Somos o único aeroporto de Espanha que se dedicou à atividade aeronáutica de uma forma inovadora e que está a aposta numa reconversão industrial e ambiental”, assegura Alejandro.