A Esquadra 501 – Bisontes, que opera o C-130H, é uma das esquadras com maior empenhamento em missões de apoio ao estrangeiro, tanto para transporte de pessoas como para transporte de material.
Ao longo de todo o ano, e em especial nesta quadra natalícia, é responsável por fazer a ponte para com os militares portugueses que se encontram em representação de Portugal em teatros de operações a decorrer em outros países.
O C-130H é um avião quadrimotor, turbo-hélice, de asa alta e trem retrátil.
A esquadra 501, através das excecionais capacidades da aeronave que opera, dá garantia ao Estado português para poder projetar a sua vontade em qualquer ponto do Mundo sob quaisquer condições.
Esta esquadra, com a atual designação, iniciou a sua atividade em 1977, ano da chegada do primeiro C-130H, aeronave que, depois de apurados estudos, se revelou a que melhor se adaptava às necessidades da Força Aérea Portuguesa.
Pode dizer-se que o transporte aéreo militar teve o seu início com o exercício Himba, realizado em 1959, que previa uma ponte aérea para as províncias ultramarinas. Com a crescente instabilidade em África e com os resultados do exercício anterior, surgiu a necessidade de remodelação dos transportes aéreos. Fruto dessa situação, surgiram dois agrupamentos: um a voar Skymaster e Dakota no AB1, Portela, e outro a voar DC6 no Montijo. Foi, posteriormente, com a saída do serviço efetivo do DC6 e com a transferência da aeronave Boeing 707 que se evidenciou a necessidade de se adquirir outra aeronave.
Em resultado, foi criada a esquadra 501, dando-se início à operação com o Hércules C-130H.
Fruto das suas valências, a esquadra está qualificada para executar missões nos mais diversificados, complexos e delicados cenários de empenhamento, independentemente da permissividade do teatro de operações. Casos disso temos: Angola, Moçambique, S. Tomé, Cabo Verde, Timor, Golfo Pérsico, Moscovo, Afeganistão, Ruanda e Balcãs, entre outros. Mais recentemente Haiti, Egito e Líbia com missões de apoio humanitário.
Com perto de 70000 horas voadas, os militares que, direta ou indiretamente, contribuíram para o sucesso das missões efetuadas sentem o orgulho do dever cumprido, fruto do seu esforço e empenho.
O acesso ao compartimento de carga na fuselagem é feito pela parte traseira do avião, que se abre em rampa, facilitando, desta forma, não só as operações de carga e descarga, mas também o transporte de cargas volumosas (viaturas pesadas), o lançamento de carga em paraquedas ou por extração a baixa altitude e ainda, o lançamento de paraquedistas.
Na configuração sanitária o C-130H pode transportar até 74 macas e, na versão C-130H-30, poderão ser evacuados até 97 feridos ou doentes.
A Força Aérea Portuguesa possui três C-130H-30, versão que resulta do alongamento do C-130H, pela introdução na fuselagem de dois anéis, que aumentam o comprimento total da aeronave em 4,572 m, o que lhe confere maior capacidade volumétrica sem lhe alterar significativamente a “perfomance” básica.