O Grupo SATA, constituído pela SATA Air Açores, SATA Azores Airlines e SATA Gestão de Aeródromos, anunciou que registou em 2021 uma Receita total consolidada de 186,2 milhões de Euros, um crescimento de 57,2% em relação ao ano anterior.
Este é um crescimento entusiasmante, quando comparado com o sector da aviação na globalidade e em face das circunstâncias, ainda bastante adversas, no ano. O ano de 2021 continuou a ser marcado pela pandemia covid-19, com particular incidência no 1º semestre, e as receitas no sector da aviação global continuaram sobre enorme pressão. Se compararmos ao ano pré-pandémico de 2019, a quebra na receita registada no grupo SATA situou-se em cerca de 47 milhões de euros.
Em 2021, o crescimento dos Custos Operacionais consolidados foi limitado a +21,5%, pressionados pelas medidas de combate à pandemia, por custos de restruturação e pela modernização de processos internos que gerarão poupanças futuras. Como consequência, mesmo perante um clima de instabilidade permanente da procura e de um ambiente de mobilidade particularmente adverso, o Grupo SATA fechou o ano com um EBITDA (Resultados Operacionais antes de Juros, Impostos, Depreciações e Amortizações) de 5,7 milhões de Euros, positivo pela primeira vez nos últimos 5 anos.
O Resultado Líquido Consolidado melhorou em mais de 30 milhões de Euros para um valor de -57,4 milhões de Euros. Apesar da melhoria substancial, os Resultados Líquidos continuam em terreno negativo, pressionados também pelos Juros da dívida histórica e a dívida contraída durante o combate à pandemia, que ascenderam, em 2021, a 29,7 milhões de Euros. O Resultado Líquido reflete ainda cerca de 5,5 milhões de Euros de diferenças de câmbio líquidas, resultantes da utilização da norma contabilística IFRS-16 e da apreciação do Dólar face ao Euro.
Nas companhias aéreas, a SATA Air Açores, apresentou um crescimento de Lugares Utilizados de 75% em relação ao ano anterior, ficando apenas cerca de 17% abaixo de 2019. Este comportamento resultou num crescimento de Receitas correntes de 18,8%, beneficiando de uma maior resiliência do tráfego doméstico, potenciado pela introdução, em junho, da Tarifa Açores.