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euroAtlantic transporta tropas portuguesas


Chegou ontem, 16 de novembro, ao Aeródromo de Trânsito n.º 1 (AT1) da Força Aérea Portuguesa o Boeing B767-300ER da euroAtlantic, com a matricula CS-TKR com os 150 militares da 9.ª Força Nacional Destacada na República Centro-Africana.Durante os últimos 6 meses, os militares integraram a Missão Multidimensional Integrada das Nações Unidas para a Estabilização daquele país (MINUSCA).

Estes militares juntam-se aos restantes 30 que já haviam regressado a território nacional, completando os 180 militares que compuseram a força, maioritariamente composta por tropas especiais Paraquedistas do Exército português, integrando ainda militares de outras unidades do Exército e Controladores Aéreos Avançados da Força Aérea.

A título de curiosidade, a instalação de Unidades de Aviação Militar no Aeroporto Internacional de Lisboa data da 2ª Guerra Mundial com a constituição, em 1 de maio de 1944 da Esquadrilha Independente de Caça. Esta Unidade, equipada com aviões HURRICANE MKIIC, tinha por missão defender o setor aéreo da capital e cooperar com as forças de superfície na defesa de Lisboa. A par desta Esquadrilha estavam também sediadas a Esquadrilha de Treino e Transporte com a missão de proporcionar treino aos pilotos do Comando Geral da Aeronáutica e apoiar as ligações com os Açores em C-54 (Skymaster) da Base Aérea nº4 (BA4) e uma Esquadrilha de Aviação Naval operando as aeronaves “BLENHEIM” e “BEAUFIGHTER”.

Com a criação da Força Aérea em 1952 foram transferidos da BA4 para a Portela duas aeronaves C-54, que constituiram a 1ª Esquadrilha de Transporte que foi o embrião dos Transportes Aéreos Militares (TAM) e em 1955 a unidade constituiu-se como Aeródromo Base nº 1.

Em 1961 a FAP adquiriu 10 DC-6, para a ligação aérea com o Ultramar e, mais tarde em 1972 a frota dos TAM foi enriquecida com a aquisição de 2 BOEING 707, fazendo-se todo o movimento de carga e passageiros no AB-1. Com a independência dos territórios ultramarinos deixou de se justificar a dimensão e organização do AB-1 pelo que se procedeu ao abate dos DC-6 (substituídos por C-130 baseados na Base Aérea nº6), à cedência dos BO-707 à TAP e desativação do AB-1 em 1978.

Contudo, a necessidade de manter uma estrutura capaz de garantir o apoio a aviões em trânsito, tanto nacionais como estrangeiros, e a possibilidade de aproveitar as instalações excedentes para centralizar a manutenção das viaturas da FAP da área de Lisboa, conduziram à decisão de criar uma nova unidade ajustada e dimensionada a estes desideratos. O Aeródromo de Trânsito foi assim criado em 10 de outubro de 1978 em substituição do Aeródromo Base nº 1 que foi desativado.