De acordo com a Reuters, a Embraer confirmou nesta manhã que vai interromper o fornecimento de peças e aeronaves para a Rússia, juntado-se assim à Boeing e Airbus.
A decisão da Embraer segue a necessidade de cumprimento das sanções internacionais impostas à Rússia pelos Estados Unidos, Europa, Japão entre outros.
Atualmente, as companhias que operam modelos Embraer são: a S7 Airlines com 17 unidades E170 e a Pegas Fly com seis E190.
Enquanto durarem as sanções, as aeronaves não contarão com suporte da Embraer e, portanto, podem ser retiradas de operação caso se atinjam ciclos de manutenção.
A Boeing e a Airbus foram as primeiras a anunciara a suspensão dos serviços operacionais para as companhias aéreas russas.
A Boeing indicou que como serviços operacionais referia-se a apoio em casos de peças sobressalentes, manutenção e apoio técnico, bem como “grandes operações” em Moscovo, de acordo com uma mensagem enviada à agência de notícias France-Presse (AFP).
“À medida que o conflito continua, as nossas equipas estão concentradas na segurança dos nossos colegas de equipa na região”, disse a Boeing, que também fechou temporariamente o escritório em Kiev.
Também a Airbus informou que suspendeu os seus serviços de suporte ao cliente no seu centro de engenharia localizado na Rússia, o Airbus Engineering Centre in Russia (ECAR).
“A Airbus suspendeu os serviços de suporte às companhias aéreas russas, bem como o fornecimento de peças de reposição para o país”.
Com isso, serviços de manutenção dos aviões fabricados por Boeing e Airbus passarão a ficar comprometidos, e gradualmente os aviões das companhias russas ficarão sem condições de voo.
O ECAR foi constituído em 2003 através de uma joint venture entre a Airbus, Systema Invest e o grupo Kaskol, sendo primeiro escritório de design lançado pela Airbus fora dos seus países de origem, empregando cerca de 200 engenheiros russos.
O ECAR, juntamente com várias empresas de engenharia russas, concluiu mais de 120 projetos para a Airbus e para os seus clientes russos, com trabalhos relacionados à última geração de aeronaves, os modelos A350-1000, A321XLR e A330neo.
Além da decisão das fabricantes, a União Europeia ordenou que as empresas de leasing cancelem contratos até o final de março.