Os dias continuam complicados para o Boeing 777X. Depois dos problemas detectados nos motores do novo modelo da Boeing e uma reparação que durou mais de um mês, um dos motores acabou por ficar novamente danificado depois de uma aterragem dura do Antonov que fazia o seu transporte.
O problema inicial detectado nos motores do 777X era um desgaste prematuro nas palhetas fixas do compressor de alta pressão.
Após a reparação o transporte entre a fábrica da General Eletric (GE) em Ohio, fabricante do motor, e a fábrica da Boeing, em Washington, foi feito pelo gigante avião ucraniano Antonov An-124 Ruslan, devido às dimensões do motor, visto o mesmo não caber num Boeing 747.
Nem tudo correu bem no transporte. Um dos motores que estava a ser transportado acabou danificado após uma aterragem dura. As avarias foram identificadas durante a inspeção visual inicial e fizeram com que a Volga Dnepr solicitasse um voo de regresso a Ohio.
Por ser uma companhia aérea estrangeira e que, inicialmente, não pode realizar voos comerciais domésticos dentro dos EUA, foi necessário uma autorização especial, que é concedida apenas quando nenhuma companhia nacional tem capacidade para fazer o transporte.
Segundo a Bloomberg, o Antonov consegue transportar dois motores GE9X por voo, sendo que no incidente apenas um dos motores ficou danificado, mas não foi necessário reenviá-lo para Ohio.
Inicialmente pensou-se que o motor teria que voltar mais uma vez, mas a Boeing e a GE concluíram que seria possível fazer as reparações necessárias em Everett.
“Até agora não aparenta ter nenhum grande dano. A Boeing recebeu recentemente os motores reconfigurados para o primeiro avião, e o voo inaugural mantém-se programado para o início de 2020”, afirmou Paul Bergman, porta-voz da Boeing.