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África do Sul atribui ajuda financeira de 100 milhões de euros à South African Airways

 

O Governo sul-africano anunciou hoje uma “ajuda financeira” de mais de cem milhões de euros à companhia de aviação South African Airways (SAA), que entrou em colapso na sequência da greve no mês passado que obrigou ao cancelamento de centenas de voos.

“Este é o mecanismo ideal para restaurar a confiança na empresa, salvaguardar os seus activos bons e ajudar a reestruturá-la e reposicioná-la para ser mais forte, mais sustentável e capaz de crescer e atrair parceiros de capital privado”, salientou em comunicado o ministro das Empresas Públicas, Pravin Gordhan.

O Governo garante ainda um valor adicional de 2 mil milhões de rands (cerca de 123 milhões de euros) para ajudar a manter a companhia aérea operacional, e aos credores actuais um montante igual.

“Deve ficar claro que este não é um resgate”, disse Gordhan, acrescentando que se trata de uma “prestação de assistência financeira para facilitar uma reestruturação radical da companhia de aviação”.

Esta decisão surge na sequência de uma carta de quarta-feira à noite do Presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, solicitando à South African Airways que se coloque sob resgate voluntário de empresas.

A recuperação da companhia aérea será conduzida por um profissional independente, fora do Governo, que será responsável pela sua reestruturação, evitando perdas de postos de trabalho e até alcançando melhores retornos para os credores.

“Este conjunto de acções deve dar confiança aos clientes da SAA para que continuem a usar a companhia aérea, pois não haverá paragens ou cancelamentos de voos não planeadas e sem a devida notificação, se necessário”, concluiu Gordhan.

De recordar que no dia 22 de novembro, a companhia pôs termo a uma greve de oito dias contra o eventual despedimento de quase um quinto dos seus efectivos totais, num total de 900 trabalhadores, e aceitou um aumento salarial de 5,9% para os seus colaboradores com efeitos retroactivos a Abril.