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TAP diz que ACMI´s na Portugália é o que melhor serve o Grupo


 

A TAP defendeu hoje que o contrato de prestação de serviços externos na Portugália no próximo verão é o que melhor serve o grupo, realçando que “a única solução” seria não operar os voos e perder receita e ‘slots’.

Numa comunicação aos trabalhadores, a que a Lusa teve acesso, a Comissão Executiva da TAP considera que “o cenário escolhido é o que melhor serve o Grupo TAP e, uma vez mais, o trabalho de todos para recuperar o grupo e assegurar o seu futuro”.

“Não existindo capacidade (aviões) na PGA [Portugalia – TAP Express] e na TAP SA para executar estas horas de voos/slots, a única solução seria não os operar e perder assim a respetiva receita e slots”, lê-se na nota.

Como a Lusa noticiou na passada segunda-feira, a Portugália, do grupo TAP, vai avançar no verão com um contrato ACMI, ou seja, um contrato de prestação de serviços externos, para fazer face às necessidades previstas para o verão, para dois a quatro aviões, o que é justificado pelo atraso na entrega de aviões Embraer à PGA.

Na comunicação de hoje, a Comissão Executiva relembra que, no âmbito do plano de reestruturação da companhia, está previsto o aumento da frota Embraer da PGA, “como alavanca para a retoma da operação”.

No entanto, esta retoma teve um retrocesso perante a pandemia de covid-19, nomeadamente com a variante ómicron, estando agora, “novamente fragilizada” pela invasão da Ucrânia pela Rússia e pelo consequente aumento do preço dos combustíveis.

“Perante estas continuadas adversidades, os trabalhadores acordam todos os dias para empurrar esta retoma e manter o caminho, ainda não concluído, da salvação e estabilização do grupo TAP”, apontou.

O processo de entrega dos aviões foi atrasado “pela outra parte” e, por isso, a Comissão Executiva decidiu “transferir o máximo possível de horas de voo” para a TAP SA, bem como estender o contrato de dois aviões A319/320 para mitigar o impacto do referido atraso.

Ainda assim, estas medidas “não foram suficientes”, por isso, a companhia optou por recorrer à contratação externa temporária, ou seja, ao regime ACMI (Aircraft, Crew, Maintenance and Insurance’) – entrega de avião, tripulação, manutenção e seguro.

O Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC) admitiu avançar com uma greve devido ao recurso a este tipo de contrato de prestação de serviços externos na Portugália, garantindo que isso implica a suspensão dos acordos de emergência.

Numa nota enviada aos associados, a que a Lusa teve acesso, o SPAC disse que a “contratação de aeronaves para a Portugália em regime de ACMI, vem sobressair a inquietação existente sobre a forma como tem sido levada a cabo a gestão desta empresa desde que foi declarada, por associação à TAP, em situação económica difícil”.