O SITEMA – Sindicato dos Técnicos de Manutenção de Aeronaves lamentou, hoje em comunicado, a decisão da TAP de terminar antecipadamente o contrato com a White Airways, pondo em risco mais de 120 postos de trabalho, entre eles seis técnicos de manutenção de aeronaves.
“O SITEMA não concebe que seja vantajoso retirar trabalho a uma empresa portuguesa para atribuí-lo a uma empresa da Estónia, pondo em risco dezenas de empregos qualificados e fazendo com que a TAP tenha de desembolsar dezenas de milhões de euros adicionais pela renúncia antecipada do contrato.”
No comunicado o sindicato refere que os sucessivos problemas técnicos apontados pelo conselho de administração da TAP aos ATR operados pela White Airways para a Portugália resultam, tão-só e apenas, do desinvestimento que tem havido nos técnicos de manutenção de aeronaves (TMA) da companhia, que continuam a despedir-se e a optar por outras oportunidades, nas quais o seu trabalho é efetivamente valorizado.
Desde início do ano, a Portugália já viu sair 14 dos seus TMA de um total de 109, pondo em causa a operacionalidade da companhia. Ao todo, já saíram do grupo TAP 60 TMA desde início do ano. É urgente travar esta sangria de técnicos de manutenção e adotar medidas que façam com que a operação do grupo regresse aos níveis de excelência a que sempre habituou os seus passageiros.
O SITEMA sublinha no seu comunicado que está, como sempre esteve, disponível para fazer parte da solução para que a TAP continue a ser considerada uma companhia de excelência, mas não deixará que o bom nome dos TMA seja posto em causa e tudo fará para que se reponham as condições de trabalho que lhes são devidas.