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SITAVA classifica como uma patetice recheada de imbecilidades as declarações do presidente da ACP Associação Comercial do Porto em relação à TAP


 

O SITAVA – Sindicato dos Trabalhadores e Aviação emitiu hoje um comunicado em relação ás declarações do presidente da ACP Associação Comercial do Porto.

“Passado que está o tempo das férias, esperavam os trabalhadores que a Empresa e a sua Administração dessem sinais de algum dinamismo no sentido de mobilizar para a retoma que já tarda a fazer-se sentir. Lamentavelmente, não é isso a que se assiste. Diríamos até que a Administração parece envergonhada, perante os ignóbeis e sórdidos ataques de que a TAP está a ser alvo.
Mesmo sabendo que podemos vir a ser acusados de sermos “juízes em causa própria”, não podemos deixar de classificar como uma patetice recheada de imbecilidades as declarações do presidente da ACP Associação Comercial do Porto, publicada na última edição do jornal “Expresso”, e profusamente difundida nalguns canais de televisão.

As ideias lá expressas, se lhe podemos chamar ideias, não representam apenas um ataque aos trabalhadores da TAP – o que, só por si já seria grave – mas o que tresanda de todo o texto é uma declaração de guerra a todos os trabalhadores portugueses. Para este senhor existem apenas dois destinos para os trabalhadores em Portugal: ou um emprego precário no turismo “Low Cost” que essa associação defende e promove, ou a emigração para que os trabalhadores portugueses produzam lá fora os produtos que esse senhor irá depois comprar mais baratos em Portugal.

Para este senhor e seus patrões, nada mais existe senão a ganância do lucro pondo mesmo em causa o conceito de país. Uma patetice, portanto.

Felizmente, começa a ficar cada vez mais claro que os defensores de tais ideais quanto mais esbracejam mais se igualam a esse pequeno grupo de negacionistas que negam tudo, até própria evidência científica. Será que estes senhores negam que a TAP foi e voltará a ser o maior exportador nacional de serviços? Que o Grupo TAP, mesmo depois da pandemia, cria mais de dez mil postos de trabalho diretos – a esmagadora maioria deles altamente especializados – e muitos mais milhares indiretos? Que compra no mercado nacional a mais de mil empresas portuguesas?

Ou que a atividade do grupo representava e voltará a representar no pós-pandemia mais de 2% do PIB nacional?

Certamente continuarão a negar. Negarão sempre tudo o que não lhe garanta os mesquinhos privilégios que tentam a todo o custo mascarar de interesse nacional. Perante estes e outros torpes ataques, o que se exige ao Governo e ao Conselho de Administração é que façam valer em Bruxelas o interesse nacional, que voltem a colocar a TAP no mercado, garantindo-lhe os meios financeiros para tal, assim como os governos de todos os outros países fazem, em relação às respetivas companhias aéreas enquanto instrumentos de política económica e de soberania nacional que estas são.”