A Ryanair anunciou que vai encerrar a base da Laudamotion em Viena, depois que o sindicato dos transportes se recusou a aceitar os cortes nos salários dos funcionários da companhia atingida pela crise do coronavírus.
“A Lauda lamenta profundamente a perda de mais de 300 empregos para a sua equipa do A320 e o encerramento da base do A320 em Viena na sexta-feira 29 de maio”, indicou a transportadora.
A Ryanair já tinha ameaçado encerrar a base se não conseguisse um acordo sobre cortes salariais para os funcionários da Laudamotion em Viena.
A companhia tem três outras bases, mais pequenas; duas na Alemanha, em Dusseldorf e Stuttgart, e uma em Palma de Maiorca, em Espanha.
A Vida, um sindicato que representa os trabalhadores dos setores de transporte e serviços da Áustria, recusou-se a concordar com um contrato que estipulava cortes nos salários dos funcionários da Laudamotion.
A Ryanair disse no início desta semana que o seu lucro anual diminuiu quando o coronavírus interrompeu as viagens. Também reduziu a sua meta anual de passageiros em outros 20% e disse que não tinha ideia de quanto iria ganhar este ano. O executivo-chefe do grupo, Michael O’Leary, também disse esta semana que a sua subsidiária austríaca está a enfrer uma “crise existencial”.
A Ryanair alertou nas últimas semanas que a Lauda estava com baixo desempenho.
De recordar que a Laudamotion foi fundada pela falecida lenda da Fórmula 1, Niki Lauda, e a Ryanair comprou-a em 2018.