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Ryanair diz que menos de 2% dos seus voos foram afetados pela greve de hoje


 

A companhia aérea ‘low cost’ Ryanair disse que “menos de 2% dos seus 3.000 voos previstos” para hoje foram afetados pelas greves convocadas pelos sindicatos de tripulantes, incluindo em Portugal, pelo SNPVAC.

Em comunicado, a transportadora indicou que “menos de 2% dos 3.000 voos previstos para sexta-feira (24 de junho) foram afetados pelas greves” com os efeitos “confinados a pequenas perturbações na Bélgica, onde cerca de 60% das ligações previstas de e para Charleroi e Zaventem irão realizar-se hoje”.

Além disso, indicou, “não houve perturbações em Itália, Espanha, Portugal, Reino Unido, França ou Irlanda, com a maioria das tripulações da Ryanair a trabalhar normalmente”.

Na mesma nota, a transportadora disse ainda que para o fim de semana espera apenas “perturbações mínimas” ou mesmo nenhumas aos voos que tem previstos como resultado destas paralisações “insignificantes” e com “pouco apoio”, destacou.

Ainda assim, a transportadora alertou para perturbações no fim de semana, sobretudo em França, Itália e Espanha, mas devido a uma greve de dois dias dos controladores aéreos franceses, em Marselha, que deverá “atrasar significativamente” ou ter outro tipo de impactos no espaço aéreo daquele país.

A companhia indicou que os passageiros afetados pela greve dos controladores aéreos irão ser notificados por ’email’ ou mensagem.

“A Ryanair espera que mais de 98% dos seus 3.000 voos diários operem normalmente no sábado e domingo”, rematou.

O Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) emitiu um pré-aviso de greve ao trabalho na Ryanair nos dias 24, 25 e 26 de junho, de acordo com uma nota interna enviada aos associados, em 14 de junho.

Segundo a mensagem, a direção do SNPVAC resolveu “apresentar um pré-aviso de greve a realizar nos dias 24, 25 e 26 de junho, sendo decretada para todos os voos da Ryanair, cujas horas de apresentação ocorram entre as 00:00 e as 23:59 desse dia (horas locais da base do tripulante), bem como para os demais serviços (assistência ou qualquer tarefa no solo, ou seja, qualquer tarefa ordenada pela empresa, nomeadamente instrução ou outro serviço em que o tripulante preste atividade, situações de deslocação, refrescamentos ou quaisquer outras ações de formação no solo, deslocações às instalações da empresa)”.

“A Ryanair, após não conseguir chegar a acordo com o SNPVAC exclusivamente por exigirmos que o Acordo de Empresa (AE) negociado deveria cumprir com as regras estabelecidas na legislação portuguesa, conseguiu negociar e aprovar um AE que integra cláusulas ilegais com outro sindicato”, indicou o SNPVAC, garantindo que a estrutura em causa, o STTAMP – Sindicato dos Trabalhadores dos Transportes de Portugal, “à época não tinha associados da Ryanair, nem de qualquer outra companhia de aviação”.

“Reiteramos que a Ryanair escolheu um sindicato que não possuía nenhum tripulante de cabine filiado para assinar um acordo e forçou os seus trabalhadores a filiarem-se ao mesmo, sob pena de piorarem ainda mais as suas condições”, garantiu o SNPVAC, referindo que “os direitos laborais básicos não podem ser esquecidos, muito menos no desejo de aumentar a quotização”.

O SNPVAC juntou-se a vários sindicatos europeus, que avançaram também com greves.