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Pedro Nuno Santos critica “para arranca” do novo aeroporto. Não há “tempo a perder”

 

O ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, criticou hoje o “para arranca” em Portugal, nas últimas décadas, sobre a localização do novo aeroporto e alertou que o país não tem “tempo a perder”, durante a sua intervenção na 5ª edição do Portugal Air Summit, em POnte de Sor.

Em 2019, “antes da pandemia” de covid-19, “nós já estávamos a recusar voos no Aeroporto de Lisboa, já estávamos a perder dinheiro, a perder turistas, já estávamos a perder oportunidades de desenvolvimento e de criação de riqueza”, continuou.

Considerando que a localização do novo aeroporto é “outro drama nacional” sobre o qual o país tem de refletir, porque “sem sítio para os aviões aterrarem e descolarem”, serve “de pouco” ao país “ter aviões”, o ministro lembrou que esta questão é algo que se arrasta “há cinco décadas”.

“Já testámos e estudámos, ao longo destas décadas, 17 localizações” e, “mesmo sem perceber quase nada de aviação, todos nós temos a certeza” de “qual é a melhor localização” para a infraestrutura.

Para ilustrar, Pedro Nuno Santos recorreu a uma analogia do mundo do futebol: “É quase como se cada um tivesse um clube de futebol. Eu sou do clube de futebol de Alcochete, eu sou do clube de futebol do Montijo, da Ota, eu até sou de Beja. Como se a decisão sobre a localização de um aeroporto pudesse ser feita dessa maneira”.

Esta é uma matéria que “tem que ser feita no quadro de um estudo apurado, como o país já fez, e depois o país como um todo tem que se entender e avançar”, defendeu.

No caso do novo aeroporto de Lisboa, a legislação exigiu “mais uma avaliação”, uma Avaliação Ambiental Estratégica, a qual está em curso.

“Estamos nesse processo, vamos ter que esperar mais um ano, um ano e meio para podermos tomar uma nova decisão e esperar que daqui a um ano e meio não haja uma alteração qualquer que, num partido ou num governo”, volte a implicar “reequacionar a localização do aeroporto”, afirmou.

E, por isso, defendeu Pedro Nuno Santos, o país não tem “tempo a perder”, ou seja, é preciso cumprir a Avaliação Ambiental Estratégica e, “no final”, é tempo de “tomar uma decisão”.

“E esperemos nós, desejavelmente, que os portugueses tenham a capacidade de decidir, e de fazer e de concretizar. O país não pode atrasar mais” esta decisão, frisou.

Atualmente, em cima da mesa estão três hipóteses: aeroporto Humberto Delgado (principal), com o aeroporto do Montijo (complementar); aeroporto do Montijo (principal), com o aeroporto Humberto Delgado (complementar) e uma infraestrutura localizada no Campo de Tiro de Alcochete.