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Grupo Hi Fly vai investir 5,5 milhões de euros na construção de um centro logístico em Beja

A empresa Mesa vai investir 5,5 milhões de euros na construção de um centro logístico em Beja para apoiar a manutenção de aviões que realiza no aeroporto daquela cidade, disse hoje à Lusa o presidente do grupo proprietário.

Segundo Paulo Mirpuri, presidente do grupo Hi Fly, o dono da Mesa, o centro “destina-se a apoiar” a atividade do hangar de engenharia e manutenção de aviões de grande porte que a empresa tem no aeroporto de Beja.

O centro, que vai ser construído junto ao Aeródromo Municipal de Beja, situado “a poucos quilómetros do aeroporto”, servirá para receção, armazenamento e expedição de peças e terá oficinas de verificação, reparação e certificação de componentes, indicou.

Paulo Mirpuri explicou que a nova infraestrutura em Beja “irá complementar” o centro logístico da Mesa no concelho de Seixal, no distrito de Setúbal, o qual, “face ao crescimento da sua atividade, esgotará a capacidade num horizonte de dois a três anos”.

O centro logístico de Beja, que vai “nascer” em terrenos que a Mesa comprou à Câmara de Beja por 54 mil euros, deverá criar, “numa fase inicial, 24 postos de trabalho diretos e 72 indiretos”, indicou.

Terminada a compra dos terrenos, a Mesa vai desenvolver os projetos, que “terão depois de ser licenciados”, adiantou, admitindo que o centro logístico de Beja “deverá estar concluído cerca de dois anos depois de obtida a licença de construção”.

“O objetivo é que o centro logístico possa estar a funcionar em 2025”, disse, referindo que a nova infraestrutura, numa primeira fase, terá uma área de 6.000 metros quadrados (m2), que poderá ser duplicada, “numa segunda fase, se vier a ser necessário”.

O hangar da Mesa para engenharia e manutenção de aviões no aeroporto de Beja começou a funcionar em janeiro de 2021, após um investimento de 30 milhões de euros.

Já foram criados “70 postos de trabalho no hangar”, precisou Paulo Mirpuri, referindo que a previsão inicial de criação de um total de 150 até 2023 deverá ser atingida em 2025, com um “diferimento de dois anos, justificado pela pandemia”.

Segundo o grupo Hi Fly, o hangar tem capacidade para acolher aviões de grande porte, nomeadamente os modelos Airbus A319, A320, A321, A330, A340 e A350.

O hangar, que ocupa uma área de 9.500 metros quadrados, serve para fazer manutenção da frota de aviões Airbus da companhia Hi Fly, que também pertence ao grupo e usa o aeroporto de Beja para estacionamento e manutenção de linha dos seus aviões.

Composto por oficinas, armazém, escritórios e instalações de formação e de apoio, o hangar também serve para fazer manutenção de aviões de vários modelos Airbus de outras companhias aéreas que têm contratos com a Mesa.

Em 2020, Paulo Mirpuri tinha dito à Lusa que a Mesa pretendia alargar em 3.000 m2 as oficinas de apoio à volta do hangar, num investimento previsto para este ano.

Hoje, o presidente do grupo Hi Fly disse que “a estimativa de construção de 3.000 m2 em áreas de suporte será superada pela construção do novo centro logístico”.

Os espaços de suporte à atividade de manutenção foram construídos e estão a funcionar no interior do hangar, vincou, adiantando que “oficinas adicionais serão construídas à medida das necessidades em volta do hangar e, posteriormente, no novo centro logístico de Beja”.

 “É um processo de investimento contínuo no incremento da capacidade técnica da Mesa”, rematou.