A FAA – Agência Reguladora da Aviação Civil Americana anunciou, através de um comunicado, que todos os 737 MAX 9 terão de ficar em terra até que a Boeing esclareça a queda em pleno voo de uma porta de uma aeronave da Alaska Airlines.
“Para segurança dos passageiros americanos, a FAA [sigla inglesa para Federal Aviation Administration] vai manter os Boeing 737-9 MAX em terra até que as inspeções exaustivas e as operações de manutenção sejam concluídas e os dados recolhidos sejam analisados”, indicou o regulador.
De recordar que, a 5 de janeiro, o voo 1282 da Alaska Airlines, operado pelo Boeing 737 MAX 9 com a matrícula N704AL, perdeu uma tampa com janela encaixada, que substitui a porta de emergência extra, aos 16.000 pés de altitude (4.870 metros), deixando um buraco na fuselagem.
A FAA desencadeou uma investigação sobre o acidente, que foi o primeiro grande problema de segurança durante um voo num avião Boeing desde os acidentes mortais do 737 MAX em 2018 e 2019, que levaram a uma longa imobilização daquele modelo.
“Estamos a trabalhar para garantir que nada deste género aconteça novamente”, disse o administrador da FAA, Mike Whitaker. “A nossa única preocupação é a segurança dos passageiros americanos e o Boeing 737 MAX 9 não voltará a voar até que estejamos completamente convencidos de que é seguro”, enfatizou.
A FAA disse que precisava de informações adicionais da Boeing antes de aprovar as instruções de inspeção e de manutenção propostas pelo fabricante.
O regulador afirmou que “não aprovará o processo de inspeção e manutenção até que tenha analisado os dados da primeira ronda de 40 inspeções”, mas considerou “encorajador” a natureza “exaustiva das instruções executadas pela Boeing em termos de inspeções e de manutenção”.
Na sexta-feira, a FAA anunciou que pretende aumentar a supervisão sobre a produção e fabrico da Boeing, nomeadamente auditando a linha de produção e os fornecedores do 737 MAX.
O regulador disse que também estava a avaliar o recurso a uma entidade terceira, independente, para supervisionar as inspeções da Boeing.
“É tempo de reexaminar a delegação de poder e de avaliar os riscos de segurança associados. A imobilização do Boeing 737 MAX 9 e os vários problemas relacionados com a produção identificados nos últimos anos exigem que examinemos todas as opções para reduzir o risco”, disse Whitaker.
Com a decisão da FAA de imobilizar os Boeing 737 MAX 9 e uma vez que a Alaska Airlines opera uma frota de 65 aeronaves do modelo e a United 79 unidades, obrigou ao cancelamento de centenas de voos.