Com a subida das tensões depois do ataque do Irão às bases americanas no Iraque, como retaliação à acção dos Estados Unidos, e as incertezas sobre a queda do Boeing 737 da Ukraine International Airlines, várias companhias já começaram a suspendes os seus voos ou a alterar rotas sobre o Irão e no Iraque.
A FAA, a agência de aviação dos EUA, já emitiu um comunicado a proibir as companhias norte-americanas de sobrevoarem os espaços aéreos dos dois países.
A FAA afirma que “A Administração de Aviação Federal emitiu avisos às tripulações (NOTAMs) de restrições de voos que proíbem companhias de aviação civil dos EUA de operarem no espaço aéreo sobre Iraque e Irão, e sobre as águas do Golfo Persa e do Golfo de Omã. A FAA continuará a acompanhar de perto os eventos no Médio Oriente. Continuaremos a coordenar com os nossos parceiros de segurança nacional e a partilhar informações com as companhias aéreas dos EUA e autoridades estrangeiras de aviação civil.”
As companhias aéreas Lufthansa e Air France já suspenderam os seus voos sobre o Iraque e o Irão, poucas horas depois dos ataques iranianos contra duas bases no Iraque que abrigavam soldados americanos.
A Lufthansa informou hoje em comunicado que cancelou um voo programado para hoje entre Frankfurt e Teerão, e acrescentou que “contornar as zonas aéreas iraniana e iraquiana terá um impacto na duração dos voos”.
A Air France, por sua vez, suspendeu hoje os voos que sobrevoam o espaço aéreo do Irão e do Iraque até “nova ordem”.
“Por precaução e devido ao anúncio de bombardeamentos aéreos, a Air France decidiu suspender os seus voos que sobrevoam o espaço aéreo dos dois países”, indicou o porta-voz da empresa.
Também a Qantas já anunciou alterações aos seus voos. Um porta-voz da companhia disse que cerca de 90 assentos serão deixados vazios no voo QF9 entre Perth para Londres, que passava sobre a região com o Boeing 787.
A medida visa reduzir o peso total e compensar o desvio, que agora irá contornar o Irão e o Iraque e seguirá pelo Afeganistão, adicionando cerca de 40 a 50 minutos no voo.
QF9: flightradar24.com/QFA9/23740331 QF10: flightradar24.com/QFA10/2373f863
No entanto, o porta-voz da Qantas disse ao Executive Traveller que a companhia está a pensar realizar uma escala. “Isso significaria uma escala para reabastecimento numa cidade como Singapura ou Hong Kong, que nos permitiria transportar uma carga completa de passageiros nesses voos com muita reserva e minimizar a interrupção dessa maneira.”