O ministro dos Portos e Aeroportos do Brasil, Sílvio Costa Filho, disse que o seu governo aguardará para ver o prospeto de privatização da TAP e a oferta para o mercado internacional, para avaliar com as companhias brasileiras o interesse em concorrerem.
“A gente tem que aguardar o que vai ser oferecido ao mercado internacional”, sublinhou Sílvio Costa Filho, após um encontro com o ministro português das Infraestruturas, Miguel Pinto Luz, que decorreu esta quinta-feira, em Lisboa, e no qual foi informado oficialmente pelo seu homólogo que “a TAP seria privatizada ao longo de 2025”.
Estas declarações foram realizadas durante a visita do ministro a Portugal que decorre deste o dia 21 até hoje, 25 de outubro.
O objetivo desta viagem foi o encontro com investidores, representantes de empresas e autoridades locais para apresentar projetos de concessões, propostas de investimentos e oportunidades na aviação regional e nos portos brasileiros, adianta em comunicado o seu ministério.
O Brasil acompanhará o processo, disse o ministro, mas ressalvando, que o executivo de Lula da Silva, respeitará institucionalmente “a decisão do governo português” e no encontro com o homólogo português foi referido que “qualquer companhia aérea no mundo pode participar” naquele processo.
Por isso, no regresso ao Brasil irá transmitir essa ideia no diálogo com a Latam, com a Azul, com a Gol e outras companhias”, mesmo que “o governo brasileiro apoie e torça pelo fortalecimento das companhias aéreas do Brasil, mas qualquer compra de ativos compete ao mercado e às companhias aéreas”.
A 10 de outubro, em declarações públicas, o ministro português de Estado e das Finanças falava de três grupo interessados na privatização da companhia aérea portuguesa.
“Estamos em diálogo com as três companhias áreas [Lufthansa, Air France-KLM e IAG] que mostraram interesse na privatização da companhia, este é um diálogo preliminar, estamos a analisar a pretensão de cada uma destas companhias”, adiantou então Joaquim Miranda Sarmento, em conferência de imprensa, em Lisboa, após a entrega no parlamento da proposta de Orçamento do Estado para 2025 (OE2025).
O Brasil, disse o ministro brasileiro à Lusa, o que pretende é poder ter “melhoria dos serviços prestado pela TAP” após a sua alienação a privados e para que a companhia aérea “possa preservar os voos” para o país e “se possa ampliar o diálogo entre a aviação brasileira e aviação portuguesa”.