Depois da Airbus ter cancelado uma encomenda de 50 aeronaves A321neo para a Qatar, chega a notícia de mais duas unidades canceladas, desta vez de A350-1000.
A notícia foi inicialmente divulgada pela Reuters e posteriormente confirmada pela Airbus, que indicou ter “notificado a Qatar que não iria receber 2 pedidos”.
“Confirmamos que encerramos as posições de entrega de 2 A350 com a Qatar Airways em total conformidade com os nossos direitos. Nesta situação sem precedentes, esta decisão veio como último recurso e seguiu muitas tentativas infrutíferas de encontrar soluções mutuamente benéficas”, disse um porta-voz da Airbus.
A companhia é cliente de longa data da Airbus, tendo sido a empresa aérea de lançamento do A350-1000, mas os problemas de pintura da superfície destruíram o relacionamento, disse o CEO da Qatar, Akbar Al Baker, em dezembro.
De acordo com a Qatar, a pintura representa uma ameaça à segurança, e seu regulador de aviação a instruiu a suspender os jatos até que a Airbus tenha realizado uma análise completa da causa raiz, o que a companhia aérea diz que a fabricante de aviões ainda não fez.
Apesar das alegações da Qatar, a Airbus disse que forneceu a orientação necessária aos seus clientes e operadores para a continuidade das operações das aeronave afetadas.
Nuna avaliação apoiada pela Agência Europeia para a Segurança da Aviação (EASA), a Airbus indicou que os problemas de pintura da superfície são simplesmente “estéticos” e não uma ameaça à segurança. “A tentativa deste cliente de deturpar este tópico específico como uma questão de aeronavegabilidade representa uma ameaça aos protocolos internacionais sobre questões de segurança”, disse a fabricante em comunicado de dezembro.
De referir que recentemente a Qatar anunciou a compra de até 50 aviões de passageiros Boeing 737 MAX 10 e 34 unidades do futuro cargueiro Boeing 777-8X, com a opção para mais 16.
