
A Boeing anunciou que o seu quarto avião de teste de voo B777-9 voltou aos céus.
Esta aeronave está equipada com um interior de passageiros, que é utilizada para testes de cabine e ruído.
A Boeing sublinha que a frota do 777-9 já completou mais de 1.400 voos e quase 4.000 horas à medida que avança para a certificação.
O Boeing 777-9 é considerado o maior e mais eficiente avião a jato bimotor do mundo. O programa abrange duas variantes: o 777-8 e o maior 777-9, além do 777-8F, dedicado ao transporte de carga.
O Boeing 777-9 apresenta uma cabine mais espaçosa, janelas maiores, tetos mais altos e humidade aprimorada, proporcionando uma experiência mais confortável para os passageiros.
Adicionalmente, o design inovador das asas com pontas dobráveis aumenta a envergadura do avião, melhorando assim a aerodinâmica sem comprometer a compatibilidade com os aeroportos existentes.
De recordar que a Boeing retomou, a 16 de janeiro, os voos de teste para certificação do modelo Boeing 777-9.
Os voos foram retomados depois de cinco meses suspensos após a Boeing detetar um problema estrutural no suporte do motor.
À data (agosto de 2024) a Boeing indicou: “Durante a manutenção programada, identificámos um componente que não funcionou conforme o projetado. A nossa equipa está a substituir a peça e a fazer o acompanhamento para identificar quaisquer problemas, e iremos retomar os testes de voo quando estiver tudo pronto.”
Cada um dos dois turbofans GE Aerospace GE9X, que geram 105.000 libras (467 kN) de empuxo, possui dois desses componentes, garantindo assim uma redundância, conforme afirmou a Boeing. “Estamos a inspecionar a frota de testes de voo quanto a essa condição. Nenhum teste de voo imediato estava planeado para as outras aeronaves da frota de testes, que têm atividades de manutenção programada e layup,” acrescentou a empresa.
Vale relembrar que o programa 777-9 tem enfrentado inúmeros atrasos, muitos dos quais decorrem da necessidade da Boeing de realizar alterações de design sob a crescente supervisão da FAA.
As entregas do modelo estão previstas para serem iniciadas apenas a partir de 2026.

