
De acordo com o New York Times, os Estados Unidos suspenderam algumas vendas de tecnologias críticas para a China, incluindo as relacionadas com motores de aeronaves, para a fabricante de aeronaves COMAC.
A COMAC está a desenvolver os seus próprios aviões comerciais para competir com os fabricantes Airbus e Boeing, mas a China ainda não possui motores adequados fabricados internamente e permanece dependente de importações.
O C919 entrou ao serviço na China em 2023, após obter a certificação de segurança doméstica em 2022.
De acordo com fontes citadas pelo jornal, a decisão foi uma resposta às recentes restrições da China sobre exportações de minerais críticos para os EUA. O departamento de comércio dos EUA suspendeu algumas licenças que permitiam que empresas americanas vendessem produtos e tecnologias à COMAC para o desenvolvimento da sua aeronave C919.
À Reuters, o Departamento de Comércio dos EUA informou que está a analisar as exportações com significado estratégico para a China. “Em alguns casos, o Comércio suspendeu as licenças de exportação existentes ou impôs requisitos adicionais de licenciamento enquanto a análise está pendente,” disse o departamento. Equipamentos de aviação estão entre os setores afetados, de acordo com três pessoas familiarizadas com a situação.
O avião C919 da COMAC é fabricado na China, mas muitos dos seus componentes vêm do exterior, incluindo o motor LEAP-1C, produzido por uma joint venture entre a GE Aerospace e a francesa Safran.
A GE foi a primeira a receber uma licença para vender os motores LEAP para a COMAC em 2014. No início de 2020, os Estados Unidos consideraram a possibilidade de negar o pedido, mas a mais recente licença da GE, para o motor, foi concedida pela primeira administração de Donald Trump.

