Foi hoje encontrada uma das duas caixas-negras, que contêm os dados de voo e os gravadores de voz da cabina, do avião que caiu no sul do país na segunda-feira.
O Boeing 737-800 da companhia China Eastern Airlines, com a matrícula B-1791, da China Eastern Airlines com 132 a bordo, que estava a realizar o voo MU5735 com 132 pessoas a bordo, caiu perto da cidade de Wuzhou, na região autónoma de Guangxi.
O voo descolou da cidade de Kunming, na província de Yunnan, sudoeste da China, com destino final em Cantão, sul do país.
A bordo seguiam 123 passageiros e nove tripulantes, indicou a Administração da Aviação Civil da China. De acordo com a televisão estatal chinesa CCTV, não foram encontrados, até agora, quaisquer sobreviventes, no desastre aéreo mais mortal da China em décadas.
A caixa–negra está, no entanto, gravemente danificada. As autoridades não conseguem identificar se é o gravador de dados de voo ou de voz da cabina.
Mao Yanfeng, diretor da divisão de investigação de acidentes da Autoridade de Aviação Civil da China, disse em conferência de imprensa que estão agora à procura da outra caixa–negra.
A recuperação daqueles aparelhos é considerada chave para descobrir o que causou o acidente. A busca por pistas foi suspensa hoje, quando a chuva cobriu o campo de destroços.
As autoridades usaram veículos aéreos não tripulados (‘drones’), ferramentas manuais e cães farejadores nas encostas densamente florestadas, em busca dos gravadores de voz da cabina e dados do voo.
Os investigadores dizem que é ainda muito cedo para especular sobre as causas do acidente. O avião entrou numa queda quase na vertical, uma hora após a descolagem.
Um controlador de tráfego aéreo tentou entrar em contacto com os pilotos várias vezes, depois de ver a altitude do avião cair drasticamente, mas não obteve resposta, disse Zhu Tao, diretor do Escritório de Segurança da Aviação da Autoridade de Aviação Civil da China.
“Até agora, não foram encontrados sobreviventes”, disse Zhu.
De referir que após este acidente, a China Eastern Airlines colocou no chão todos os seus aviões modelos Boeing 737-800, uma medida que foi tomada por “razões de segurança”.