A Azul Linhas Aéreas vai devolver cinco aeronaves Airbus A330-900neo ao seu lessor, a Avalon, numa decisão inserida no processo de reestruturação financeira e operacional que a companhia aérea brasileira está a levar a cabo. A medida faz parte de uma estratégia mais ampla de redução de custos e de ajustamento da frota à actual realidade do mercado.
Os A330-900neo, aeronaves de longo curso utilizadas sobretudo em rotas internacionais, encontram-se em regime de leasing. A devolução permitirá à Azul diminuir encargos associados a rendas, manutenção e operação, numa altura em que a empresa procura reforçar a sua liquidez e renegociar compromissos com credores.
Para colmatar a saída dos Airbus A330neo a companhia vai receber modelos Airbus A330-200 que estão a voar atualmente pela ITA Airways. A companhia aérea italiana tem neste momento 5 aeronaves do tipo.
Há informações que a Azul iria devolver outros dois Airbus A330-900 que estão parados, o PR-ANB e o PR-ANC, que têm uma configuração mais densa, mas terão a receber uma reconfiguração interior com os padrões da Azul para 298 passageiros em duas classes.
A permanência destes dois modelos na Azul e segundo as noticias predem-se com o facto da a Avalon não conseguiu encontrar outro operador para as aeronaves, e decidiu negociar a permanência deles com a Azul. Os outros cinco modelos deverão passar para o grupo Abra que controla a GOL.
A companhia tem vindo a rever o seu plano de frota, privilegiando maior eficiência operacional e uma estrutura de custos mais sustentável. Para além da devolução dos A330-900neo, a Azul também está a reavaliar o calendário de entrega de novas aeronaves e a otimizar a utilização dos aviões já existentes.
O processo de reestruturação decorre num contexto desafiante para o sector da aviação, marcado por custos elevados, volatilidade da procura e necessidade de maior disciplina financeira. A devolução dos cinco A330-900neo é vista como um passo relevante para assegurar a sustentabilidade da Azul a médio e longo prazo.
