Um avião de combate indiano HAL Tejas caiu esta sexta-feira durante uma demonstração aérea no Dubai Airshow, provocando a morte do piloto. O acidente ocorreu quando a aeronave executava uma manobra acrobática, perante milhares de visitantes presentes no evento.
O jato perdeu altitude de forma abrupta e acabou por se despenhar na zona sul do aeroporto Al Maktoum, local onde decorre o certame. De imediato, equipas de emergência e combate a incêndios acorreram ao local, tendo o espectáculo sido temporariamente suspenso por razões de segurança.
A Força Aérea da Índia confirmou o óbito do piloto e anunciou a abertura de um inquérito oficial para determinar as causas do acidente. Até ao momento, não foi divulgado se houve tentativa de ejeção antes do impacto.
Imagens gravadas por espectadores mostraram uma coluna de fumo negro a erguer-se após a queda, enquanto autoridades locais pediam calma ao público e procediam ao isolamento da área.
O HAL Tejas, aeronave de fabrico indiano, fazia parte da demonstração da Índia no Dubai Airshow, um dos maiores eventos aeronáuticos do mundo, onde várias forças aéreas exibem capacidades técnicas e acrobáticas dos seus caças.
As atividades do certame foram retomadas posteriormente, embora com alterações no programa e medidas de segurança reforçadas.
O HAL Tejas é um caça supersónico desenvolvido pela Índia. Trata-se de um avião sem cauda, com um design de asa delta e propulsionado por um único motor. Resulta do programa Light Combat Aircraft (LCA), iniciado na década de 1980 com o objetivo de substituir os envelhecidos caças MiG-21 da Força Aérea Indiana. Mais tarde, o LCA foi oficialmente designado Tejas, que significa “esplendor”, nome atribuído pelo então primeiro-ministro Atal Bihari Vajpayee.
O Tejas é o segundo caça supersónico desenvolvido pela empresa indiana Hindustan Aeronautics Limited (HAL), depois do HAL Marut. A Força Aérea Indiana (IAF) encomendou 200 unidades de um só lugar e 20 versões bilugar destinadas à formação e conversão operacional, enquanto a Marinha Indiana poderá solicitar até 40 exemplares monoposto para substituir os antigos Sea Harrier FRS1 e Hawker-Siddeley Harrier, com mais de 60 anos de serviço.
Os Tejas foram autorizados, em janeiro de 2011, para utilização operacional por pilotos da Força Aérea Indiana.
