A UPS e FedEx decidiram suspender temporariamente todas as operações com aeronaves McDonnell Douglas MD-11, após o acidente fatal ocorrido no passado dia 4 de novembro, no aeroporto internacional de Louisville, no estado norte-americano do Kentucky.
O acidente envolveu um cargueiro MD-11F da UPS, que se despenhou pouco depois da descolagem, provocando 14 vítimas mortais entre tripulantes e pessoal em terra. A Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA) abriu uma investigação para determinar as causas do acidente, enquanto a fabricante Boeing, que herdou o programa MD-11 após a fusão com a McDonnell Douglas, recomendou a imobilização preventiva da frota mundial deste modelo.
Em comunicado, a UPS confirmou ter “grounded” (suspenso) todos os seus MD-11 “por uma questão de precaução e segurança operacional”. A FedEx seguiu o mesmo procedimento, referindo que a decisão “permite apoiar as investigações e garantir que todas as aeronaves operam em condições de segurança máxima”.
O MD-11, uma evolução do histórico DC-10, entrou em serviço em 1990 e é amplamente utilizado no transporte de carga aérea. Contudo, o modelo tem vindo a ser gradualmente retirado de operação devido à sua idade e menor eficiência de consumo face a aviões mais modernos como o Boeing 777F e o Airbus A350F.
A FedEx tinha já anunciado planos para retirar a sua frota de MD-11 até 2032, enquanto a UPS começou a substituir o modelo nas rotas europeias em 2024.
Apesar de a suspensão ser, para já, temporária, fontes do setor indicam que este acidente poderá acelerar o processo de retirada definitiva do MD-11 das frotas das duas transportadoras norte-americanas.
