
Na passada quinta-feira, 23 de março, o voo DT652 da TAAG entre Luanda e Lisboa operado pelo Airbus A330-300 da HiFly, com a matrícula 9H-HFA, provocou ferimentos em 10 pessoas, oito passageiros e dois membros da tripulação.
De acordo com as informações a aeronave atravessou uma zona de turbulência severa em céu aberto, sendo este tipo de turbulência não detetável pelos instrumentos.
Após a turbulência, as pessoas com lesões ligeiras receberam os primeiros socorros a bordo pelos Tripulantes de Cabine e dadas as condições de segurança o comandante tomou a decisão indicada em protocolo de seguir viagem, dentro do plano de voo inicial.
À chegada a Lisboa a aeronave foi recebida pelos serviços de emergência em terra no aeroporto Humberto Delgado. Segundo a companhia aérea, após a observação e avaliação feita pela equipa médica, dois passageiros e um membro da tripulação foram encaminhados ao hospital.
Os restantes passageiros desembarcaram normalmente.
Severe turbulence on board TAAG flight DT652 between Lisbon and Luanda injures two crew members and eight passengers. https://t.co/kSE2KpukVH pic.twitter.com/zWD7cboG3b
— Breaking Aviation News & Videos (@aviationbrk) March 24, 2023
O sindicato dos pilotos angolanos manifestou-se solidário com a decisão de continuar viagem do comandante. O presidente do Sindicato dos Pilotos de Angola, Miguel Prata, que também estava a bordo do avião, como passageiro, referiu que durante cerca de duas horas após a descolagem, a aeronave passou por uma zona de turbulência severa, quando se estava a finalizar o serviço à bordo, havendo uma variação de altitude.
“E que, infelizmente, embora os [indicadores para os] cintos estivessem ligados, provavelmente alguns passageiros e alguns tripulantes podiam não estar com os cintos amarrados, por isso a nossa recomendação, muitas vezes, de manter sempre que estiverem sentados os cintos apertados, porque isto são fenómenos de natureza que nem sempre se pode prever”, disse.
O comandante e a tripulação, após avaliarem as condições dos feridos que tinha a bordo e de navegabilidade da aeronave, optaram por “continuar viagem”, que Miguel Prata acredita ter sido a decisão mais correta.

