O Conselho Europeu, que esteve reunido em Bruxelas, decidiu alargar a lista de sanções a grupos económicos e a personalidades ligadas ao poder em Minsk.
Os chefes de Estado ou de governo “condenam veementemente a aterragem forçada de um voo da Ryanair em Minsk”, salientando que o ato “colocou em perigo a segurança da aviação”.
Os 27 exigiram a “libertação imediata de Raman Protasevich e Sofia Sapega e pedem que a liberdade de circulação dos ativistas seja garantida”.
A União Europeia formaliza o pedido para a Organização da Aviação Civil Internacional “investigar urgentemente este incidente sem precedentes e inaceitável”.
O Conselho Europeu “exorta todas as transportadoras baseadas na UE a evitarem o sobrevoo da Bielorrússia”, e vai proibir o sobrevoo do espaço aéreo da UE por companhias aéreas da Bielorrússia”, bem como “impedir o acesso aos aeroportos da UE de voos operados por essas companhias”.
Hoje pelo menos dois voos da Belavia foram cancelados, como foi o caso de Paris e Vilnius.
De referir que quase um quinto dos 2.500 voos semanais sobre a Bielorrússia são operados pela companhia nacional Belavia, que dispõe de uma frota de 30 aparelhos, desde aeronaves regionais de menos de 100 lugares como a Embraer 175 a aviões de médio curso como o Boeing 737-900.
Na segunda-feira, a Belavia tinha previstos 20 voos de ou para aeroportos da UE e entre 40 e 60 com um itinerário que passava pelo seu espaço aéreo, segundo o Eurocontrol, ligações que deixarão de acontecer.
As finanças da Bielorrússia também podem ser afetadas porque várias companhias aéreas deixarão de pagar as taxas de sobrevoo do país.