O primeiro-ministro, António Costa, garantiu hoje no parlamento que, se o ‘hub’ de Lisboa e a “função estratégica” da TAP não forem assegurados, a privatização da companhia aérea não avançará.
António Costa sublinhou que o Governo já definiu “muito bem quais são os critérios relativamente à privatização da TAP”, sendo que o “último critério é mesmo o preço” e primeiro é a “preservação da importância estratégica” da empresa para a economia nacional e do ‘hub’ de Lisboa.
O chefe do executivo garantiu que a “privatização ocorrerá no estrito respeito pela vocação estratégica da TAP”.
“Foi por isso que adquirimos a parte necessária do capital em 2015, foi para isso que fizemos o aumento de capital em 2020 e não é agora que, na privatização, vamos alienar aquilo que se conseguiu”, disse.
O primeiro-ministro ressalvou, contudo, que, “para alcançar esse objetivo, não é necessário ter 100% do capital ou sequer 51% do capital, depende de quem seja o sócio e depende de qual seja o pacto social entre os sócios”.
De recordar que a TAP apresentou nos primeiros nove meses de 2023, a companhia voltou a atingir um marco histórico, ao gerar um resultado líquido positivo recorde de 203,5 milhões de euros.
As Receitas Operacionais nos primeiros nove meses de 2023 ascenderam a EUR 3,2 mil milhões, demonstrando um aumento robusto de EUR 725 milhões (+29,7%) em comparação com o mesmo período de 2022.
Os primeiros nove meses registaram um excelente desempenho das métricas financeiras e comerciais. A TAP registou um EBITDA Recorrente de EUR 752,4 milhões, com uma margem de 24 por cento, bem como um sólido EBIT Recorrente de EUR 400,7 milhões, com uma margem de 13 por cento.