De acordo com uma notícia da SIC Notícias, o Estado vai ter de pagar 189 milhões de euros à companhia aérea brasileira Azul até 2026, cujo acionista maioritário é David Neelman, o empresário que controlou a TAP durante o tempo em que foi privada.
A dívida é da responsabilidade do Estado, pelo menos, até que a TAP seja vendida e o pagamento só será feito mesmo no final do prazo, daqui a três anos.
A SIC indica que tentou confirmar junto do Ministério das Finanças e o das Infraestruturas, mas não obteve resposta.
São 90 milhões de euros em obrigações subscritas em 2016 e mais 99 milhões em juros acumulados.
A companhia aérea brasileira Azul, na altura controlada por David Neelman, subscreveu as obrigações em 2016, um ano depois do empresário norte-americano ter entrado na TAP em consórcio com Humberto Pedrosa.
Este empréstimo obrigacionista de 90 milhões de euros fazia parte do processo de capitalização da empresa desenhado pelos dois acionistas privados e acordado com o Estado. Um processo que, sabe-se agora, terá levado Neelman a entrar na TAP com o dinheiro da própria TAP.
Segundo o jornal Público, as obrigações podiam ter sido convertidas em ações da TAP, mas isso não aconteceu por exigência do Governo.
Se o processo tivesse avançado, a empresa de David Neelman continuava no capital da TAP mesmo após a intervenção estatal, no valor de 3.200 milhões de euros.