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Ryanair poderá despedir até 900 colaboradores

 

Michael O’Leary, CEO da Ryanair, disse numa mensagem aos trabalhadores que está a planear cortar 900 postos de trabalho, devido ao abrandamento da expansão da low cost provocado pela paralisação dos aviões B737 Max e pela queda de 21% nos lucros do primeiro trimestre de 2019.

Quinhentos pilotos e 400 tripulantes de cabine estão a mais na Ryanair, estando os despedimentos programados para começar no fim do verão e prolongar-se até depois do Natal.

Isto deve-se “fundamentalmente a tarifas mais baixas, especialmente no Reino Unido e na Alemanha, preços mais elevados do petróleo e mais custos com pessoal”, alega o gestor, citando o “grande aumento no salário de pilotos e pessoal de cabine negociado no ano passado”. A empresa contratou 2200 pessoas no último ano, contabilizando 16.840 trabalhadores. O relatório e contas da empresa refere que os custos unitários (custo por passageiro) são os mais baixos do mercado, mas mostram um aumento de 16% no custo total, com a factura de combustível a subir 28% para 500 milhões de euros e a factura salarial a subir 28% para 200 milhões.

O’Leary mostra-se preocupado com o impacto de um “Brexit” sem acordo, “em particular sobre o negócio no Reino Unido e na Irlanda”, e revela também que irá prescindir da contratação de 600 pessoas, entre pilotos e tripulantes devido ao atraso na entrega dos Boeing 787 Max 8. Estes aviões seriam “críticos” para a eficiência financeira dos próximos cinco anos, porque permitiriam mais 4% de assentos com 16% menos de consumo de combustível, diz a empresa, no relatório anual.

Além disso, Michael O’Leary acrescentou que a companhia aérea necessita de menos 600 pessoas para desempenhar estes cargos no próximo Verão do que planeava antes da paralisação dos B737 Max.