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Ryanair anuncia aumentos nas receitas e passageiros e queda nos lucros


 

A Ryanair anunciou hoje que obteve, no 3.º trimestre do seu ano fiscal (março 2023 – março 2024), lucros de 15 milhões de euros, correspondendo a uma quebra de 93% face aos 211 milhões alcançados em igual período de 2022.

A companhia indica que a quebra no lucro está diretamente relacionada com os custos com os combustíveis.

» O tráfego cresceu 7% para 41,4 milhões (LF caiu 1% para 92%).

» A classificação MSCI ESG foi elevada de ‘BBB’ para ‘A’ em dezembro.

» A fatura de combustível aumentou 320 milhões de euros (+35%) para 1,2 mil milhões de euros.

» 136 modelos B737 “Gamechangers” de uma frota total de 574 aeronaves em 31 de dezembro.

» A cobertura de combustível estendeu-se para 65% do exercício de 2025, a 79 barris de dólares, poupando 450 milhões de euros.

» Divisão provisória. de € 0,175 por ação anunciada (pagável em 28 de fevereiro)

Nos três meses que terminaram em 31 de dezembro de 2023, a companhia viu as receitas aumentarem de 2,31 mil milhões de euros para 2,70 milhões de euros, o que representa um crescimento de 17%.

Também os custos operacionais da Ryanair aumentaram, passando de 2,15 mil milhões de euros, no 3.º trimestre de 2022, para 2,72 mil milhões de euros neste trimestre em análise.

A companhia transportou 41,4 milhões de passageiros nestes três meses, contra os 38,5 milhões de período homólogo de 2022.

Contudo, o load factor da companhia desceu 1 ponto percentual (p.p.), passando de 93% para 92%, indicando a companhia que as tarifas subiram 13% para mais de 42 euros

No final do 3.º trimestre, a Ryanair recebeu 136 B737 Gamechangers, esperando ter “até 174 dessas aeronaves na frota até o final de junho para o pico do verão de 2024 (+50 que no mesmo período de 2023), mas sete aviões a menos que entregas contratadas. “Continua a existir o risco de algumas dessas entregas caírem ainda mais”.

 

Q3 FY23

Q3 FY24

Change

YTD FY23

YTD FY24

Change

Customers

38.5m

41.4m

+7%

133.6m

146.8m

+10%

Load Factor

93%

92%

-1pt

94%

94%

Revenue

€2.31bn

€2.70bn

+17%

€8.93bn

€11.27bn

+26%

Op. Costs

€2.15bn1

€2.72bn

+26%

€7.13bn2

€8.88bn

+25%

PAT

€211m1

€15m

-93%

€1.58bn2

€2.19bn

+39%

 

Quanto à sua operação, a Ryanair indicou que tem 169 novas rotas, de um total de 2.600,, incluindo as primeiras 11 rotas domésticas em Marrocos. “Embora a procura de viagens continue elevada, esperamos que a capacidade de curto curso da UE do verão de 2024 fique atrás do verão de 2023, uma vez que os concorrentes aterram aeronaves A320 na Europa devido a problemas no motor P&W (e esperamos que estas perturbações se prolonguem até 2026)”.

Além disso, a Ryanair espera que as companhias aéreas europeias “continuem a consolidar-se nos próximos três anos, com a aquisição da ITA (Itália) e da Air Europa (Espanha), bem como a venda da TAP (Portugal) e da SAS (Escandinávia) já em curso”. Isto, além da paralisação da frota A320 devido a problemas no motor P&W e ao grande atraso nas entregas de aeronaves OEM (“Original Equipment Manufacturer”), provavelmente, “restringirá a capacidade de curto curso na Europa durante os próximos três anos, admitem.

No seu comunicado a Ryanair sublinha que a sua nova tecnologia de aeronaves e o uso crescente de SAF posicionaram a companhia como uma das principais companhias aéreas mais eficientes do ponto de vista ambiental da UE, com o intuito de continuar no caminho certo para alcançar o ambicioso objetivo do Grupo para 2030 em abastecer 12,5% dos voos da Ryanair com SAF (fornecimento de 10% agora garantido).