O júri do concurso público de privatização da Azores Airlines, do Grupo SATA, excluiu na passada sexta-feira, no seu relatório intercalar, o concorrente Atlantic Consortium por não ter assumido a sua proposta como “vinculativa”.
O presidente do júri, Augusto Mateus, referiu que “há um concorrente que não cumpre as condições materiais” e que foi dada aos concorrentes a oportunidade de corrigir as “deficiências formais”.
O júri “deliberou unanimemente” propor a seleção da Newtour/MS Aviation para a alienação da participação social da companhia, com a atribuição de uma notação de 46,69 à proposta, sendo que uma pontuação de 25 corresponde a uma avaliação de “suficiente” e a partir de 50 de “bom”.
De recordar que o Grupo Newtour é dono de rede de gestão de agências de viagens Bestravel, da empresa de animação turística nos Açores Picos de Aventura, e dos operadores turísticos Soltrópico, Egotravel e Turangra.
Em Junho o Grupo comprou a empresa austríaca de aviação MS Aviation, em conjunto com a angolana Bestfly.
O consórcio ofereceu 6,6 euros para adquirir 76% da Azores Airlines, num valor total de 5,016 milhões de euros.
De fora ficou o Atlantic Consortium, que integrava a Vesuvius Wings, a White Airways, a EuroAtlantic Airways, a Old North Ventures (da ilha de São Miguel) e a Consolidador.
O júri decidiu propor a exclusão do consórcio, por conter “cláusulas condicionadoras da operação e que não respeitem o prazo de validade das propostas e a obrigação de manutenção das propostas”. O Atlantic Consortium tinha avançado com uma proposta de 5,26 milhões por 74,85% da Azores Airlines.
O relatório entregue esta sexta-feira é preliminar, altura em que os concorrentes foram notificados e têm 10 dias úteis para se pronunciarem, caso pretendam.