
A NAV Portugal inaugurou esta terça-feira, 14 de fevereiro, o novo sistema de controlo de tráfego aéreo TOPSKY.
Este sistema, que irá substituir o LISATM – sistema desenvolvido pela NAV Portugal em utilização desde 2001 e que depois de constantes atualizações chegou ao “limite” da sua vida útil -, implicou um investimento de cerca de 80 milhões de euros no sistema propriamente dito, em equipamentos e novas funcionalidades, na remodelação da Nova Sala de Operações e no sistema de comunicações a ele associado.
A adoção do sistema de gestão de tráfego aéreo surge depois da integração da NAV Portugal na Aliança COOPANS, que reúne os prestadores de serviços de navegação aérea da Áustria, Croácia, Dinamarca, Irlanda e Suécia.
No seu discurso de apresentação do sistema o administrador da NAV Portugal Pedro Ângelo sublinhou que se trata de um sistema de gestão de tráfego aéreo mais moderno e que permite acomodar melhor o crescimento constante do tráfego aéreo que se sentiu nos anos anteriores ao surgimento da pandemia no aeroporto de Lisboa.
Explicando as vantagens deste novo sistema Pedro Ângelo explicou que ele permite “um acompanhamento mais preciso, para decisões mais rápidas e eficientes na gestão do tráfego por parte dos controladores. Uma das funcionalidades é a antecipação de eventuais conflitos entre aeronaves a 20 minutos de distância, o que compara com dois minutos no anterior sistema.”
A introdução do CPDLC, onde a comunicação com os aviões passa também a poder ser feita com o Data Link, assegura maior eficácia e diminui o congestionamento das frequências. Outra valência do novo sistema é a possibilidade de criação de novos setores para uma maior otimização do espaço aéreo.
“A solução escolhida permite ainda à NAV Portugal enfrentar os desafios tecnológicos apresentados pelas diretivas do Céu Único Europeu e otimizar o espaço aéreo nacional.”, salientou. Por fim, e enaltecendo o sucesso do projeto referiu que “Fizemos uma migração dos sistemas em seis semanas, enquanto outras empresas levaram cerca de seis meses.”
Por seu turno, o Ministro das Infraestruturas destacou que “o investimento que hoje testemunhámos no novo sistema TOPSKY bem como algumas melhorias no espaço aéreo que têm de ser articuladas entre a ANAC (Autoridade Nacional da Aviação Civil), NAV e Força Aérea, que neste momento estão em curso, vão permitir melhorar significativamente a operação do aeroporto de Lisboa. Do vosso trabalho resultaram dois projetos da maior relevância: uma sala de operações e um sistema de controlo de tráfego aéreo que cobre uma área total superior a 660 mil quilómetros e monitoriza e orienta os movimentos de cerca de 660.000 aeronaves/ano”.

