Devido à crise actual do mundo da aviação, provocada pela Covid-19, muitas companhias aéreas tiveram perdas significativas e tiveram que reformular a sua frota de aeronaves e estratégia de negócios. A situação no Grupo Lufthansa não é diferente.
Recentemente a Lufthansa apresentou os seus resultado de 2020 com um prejuízo líquido de 6.700 milhões de euros, passando de 36 milhões de euros para 13 milhões de euros de lucro. No quarto trimestre de 2020, o Grupo Lufthansa gastou €300 milhões em dinheiro por mês. Um trimestre antes, o Grupo usou 206 milhões de euros das suas reservas de caixa mensalmente.
Por todos estes motivos, a companhia irá fazer o phase-out das aeronaves mais antigas, como o Airbus A380 e o Boeing 747-400. O único ponto a favor de 2020 para a Lufthansa foi o desempenho da Lufthansa Cargo, que o Grupo indicou ter sido a única empresa que deu “uma contribuição positiva para os lucros, relatando um resultado recorde”.
Enquanto a capacidade da divisão de carga caiu 39% devido aos aviões de passageiros estarem em terra e a consequente perda de capacidade de carga de porão, a taxa de ocupação média foi de 69,6%. Em relação ao ano anterior, a taxa de ocupação aumentou 8,2%. De acordo com a Lufthansa, a movimentação de cargas cresceu 54,6%.
Apesar de estarem a serem retirados os Boeing B747-400s a Lufthansa continuará a operar a versão -8, uma vez que as aeronaves são relativamente novas.
No entanto, a companhia indicou no seu relatório de resultados que planeia utilizar modelos mais pequenos nos voos de longo curso.
A Lufthansa deverá receber aeronaves Boeing 777X e Airbus A350 nos próximos anos para substituir os quadrimotores.