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Governo holandês compra 12% das ações da Air France-KLM

 

O Grupo Air France – KLM anunciou que o estado holandês procedeu a um aumento da sua participação no capital do grupo, com a aquisição de 12,68%, num valor que ronda os 680 milhões de euros.

Num comunicado enviado pode ler-se: “Na sequência de uma reunião em 27 de fevereiro de 2019, o Conselho de Administração do Grupo Air France-KLM reconhece que o estado holandês adquiriu 12,68% do capital social do Grupo Air France-KLM, sem qualquer consulta”.

“O Conselho de Administração irá acompanhar de perto as consequências desta nova participação no Grupo, nos seus funcionários, na sua estrutura de gestão e no seu valor de mercado. O Conselho garantirá que esta iniciativa não irá impactar negativamente a nova dinâmica de trabalho do Grupo e das suas empresas”.

A estrutura de capital do grupo Air France – KLM é ainda constituída por outros accionistas como a Delta Airlines e a China Eastern Airlines, ambas com 8,8%, bem como os trabalhadores, que contam com 3,9% do capital do grupo.

De salientar que o estado holandês adquiriu recentemente 12,68% do capital do grupo de aviação, que é composto pelas companhias aéreas Air France, KLM, Transavia e HOP!, numa operação realizada à revelia, já que, segundo a imprensa internacional, o estado francês, que detém 14,3% do grupo, só terá sido informado do negócio depois do mesmo ter sido fechado e apenas uma hora antes da conferência de imprensa em que a aquisição foi tornada pública.

Entretanto, o estado holandês veio justificar o negócio com a necessidade de “ter influência directa no desenvolvimento futuro da Air France-KLM para garantir o interesse público holandês”, com destaque para a manutenção do aeroporto de Schiphol, em Amesterdão, como hub do grupo, já que as autoridades holandesas temem que, no futuro, exista um desvio de voos da Holanda para aeroportos franceses.

Da parte do estado francês, o mesmo diz que o negócio “parece mais um roubo do que uma participação estatal”, considerando que esta aquisição é “incompreensível e má para o valor da empresa”, cujas acções estão a desvalorizar com o anúncio deste negócio, tendo chegado a cair 15%.