Chegam noticias que a FAA – Agência Federal da Aviação está a investigar as denúncias feitas por um ex-engenheiro da Boeing sobre a fuselagem do B787 Dreamliner, alegadamente mal montada e em risco de falha estrutural em pleno voo.
O New York Times avançou que consultou documentos que o engenheiro em causa, Sam Salehpour, enviou para a Agência Federal da Aviação (FAA, na sigla em Inglês), em apoio da sua acusação.
A FAA confirmou que está a investigar as acusações de Salehpour, que atribui o risco de rutura dos 787 Dreamliner às mudanças que a Boeing fez no processo de união das diferentes partes da fuselagem.
De sublinha que a Boeing está a passar para uma acentuada crise resultante de graves problemas de qualidade dos seus modelos Boeing 737 MAX, negou ao jornal que as mudanças de produção tenham tido impactos negativos na segurança do B787 Dreamliner.
Em março, outro ex-empregado da empresa, John Barnett, que tinha denunciado alegadas más práticas na fábrica onde se produz o 787 Dreamliner, suicidou-se.
As acusações de Salehpour e as novas investigações da FAA somam-se a outras que já estava a fazer sobre o processo de produção do B737 MAX.
No final de março, o conselheiro-delegado da Boeing, Dave Calhoun, que tinha sido nomeado em 2020 para corrigir os problemas, anunciou que vai sair do cargo no final do ano, depois de uma série de incidentes com vários modelos, especialmente o B737 MAX.
O mais grave ocorreu em janeiro deste ano, quando um painel que substituía uma porta de emergência de um Boeing 737 Max-9 da Alaska Airlines soltou-se pouco depois de ter levantado voo.
O incidente iniciou uma série de novas investigações às operações da Boeing por parte da FAA que descobriram graves irregularidades e obrigaram por tempo determinado à suspensão das operações de modelos semelhantes, até novas inspeções.