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Expansão da capacidade aeroportuária de Lisboa vai custar 1,15 MM€ até 2028

 

O Estado português e a ANA – Aeroportos de Portugal assinaram esta terça-feira, 8 de Janeiro, o acordo para a expansão da capacidade aeroportuária de Lisboa, que vai motivar um investimento 1,15 mil milhões de euros, até 2028.

O investimento, que vai ser assumido pela ANA, inclui a extensão do actual Aeroporto Humberto Delgado, assim como a transformação da base aérea do Montijo em aeroporto complementar à infraestrutura lisboeta, cuja data de abertura continua a estar prevista para 2022.

“Como parte do acordo assinado hoje, a ANA investirá 1,15 mil milhões de euros até 2028, incluindo 650 milhões de euros para a primeira fase da extensão do actual aeroporto de Lisboa, e 500 milhões de euros para a abertura de um novo aeroporto civil no Montijo. 156 milhões de euros serão investidos para compensar a Força Aérea e melhorar acessos ao Aeroporto Humberto Delgado e ao futuro aeroporto no Montijo”, explica a ANA – Aeroportos de Portugal, em comunicado.

De acordo com a Lusa, o aeroporto do Montijo deverá receber sete milhões de passageiros durante o primeiro ano de operação, ainda que o Estudo de Impacto Ambiental (EIA), considerado fundamental para a abertura da nova infraestrutura, não tenha ainda sido entregue pela ANA.

A cerimónia de assinatura do acordo de financiamento decorreu na Base Aérea do Montijo e contou com a presença do primeiro-ministro, António Costa, assim como do responsável máximo da Vinci, Xavier Huillard, e do presidente da Vinci Aeroportos, Nicolas Notebaert.

Durante a cerimónia, o primeiro-ministro voltou a referir que Portugal tem que “ter capacidade de compromisso” nos grandes investimentos, como é o caso do aeroporto, considerando que esta infraestrutura “é um case study de como não deve ser a decisão política”.

“Cada dia a mais é mais um dia que se soma aos 50 anos para uma decisão. Há mais de 20 anos que a criação deste aeroporto já era urgente. Obras no aeroporto Humberto Delgado podem avançar já. Não discuto se a decisão é certa ou errada, esta é a decisão”, acrescentou António Costa.

Já Nicolas Notebaert, CEO da VINCI Concessions e Presidente da VINCI Airports, considerou que este projecto e este investimento “confirmam os dois principais compromissos” assumidos pela empresa há seis anos, quando concorreu à privatização da ANA, e que passavam por “contribuir para o desenvolvimento da economia portuguesa através do aumento do tráfego e investir em infraestruturas para apoiar o crescimento futuro”.

Com a abertura do aeroporto complementar do Montijo, a capacidade aeroportuária de Lisboa passa a permitir 72 movimentos por hora, uma vez que aos 48 movimentos da Portela se vão juntar 24 movimentos por hora no Montijo, num sistema dual de aeroportos que, segundo a ANA, “poderá absorver o crescimento expectável do tráfego até ao final da concessão, que se mantém em 2062”.

(Artigo Publituris)